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Setembro amarelo

Caminhada faz alerta para prevenção ao suicídio em Cuiabá; fotos

11 Set 2016 - 18:40

Da Reportagem Local - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Paulo Victor Fanaia / Olhar Direto

Caminhada partiu da praça da República

Caminhada partiu da praça da República

Nem genético, nem psicológico, nem espiritual: o suicídio é um problema de saúde pública e precisa ser combatido. Esta é a mensagem que o Centro de Valorização da Vida (CCV) traz neste #Setembro Amarelo. Em Cuiabá, a campanha, que é mundial, contou com uma passeata iniciada na Praça da República, no fim da tarde deste domingo (11). Representantes de organizações civis, jovens e famílias inteiras trouxeram consigo uma mensagem de celebração à vida. O evento contou com a parceria do site Olhar Direto.

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Semelhante ao “outubro rosa”, pela prevenção câncer de mama, e ao “novembro azul”, pela saúde masculina, a campanha do “setembro amarelo”, além de espalhar a cor nas ruas e nas redes sociais, traz um alerta grave: a cada ano, 804 mil pessoas optam por tirar a própria vida em todo o mundo, segundo pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, 32 pessoas, incluíndo jovens e crianças, cometem o mesmo ato diariamente. O órgão traz elementos ainda mais agravantes: nos últimos 50 anos, o aumento na prática suicída tem sido de 60%; e 90% de todos os casos poderiam ter sido evitados se houvesse um tratamento adequado. Mas falta uma coisa: informação.

Para isso, caminhadas, seminários, palestras, intervenções artísticas e culturais buscam levar a público, e aos olhos da sociedade, a necessidade do debate franco, direto e honesto sobre o problema. É isso que Ana Rosa Ramos Nunes, uma das coordenadoras do CVV de Cuiabá e do evento deste domingo, faz, e como ela define, "o trabalho é incessante". 

"Nosso objetivo é propor uma reflexão na sociedade a respeito da prevenção do suicídio, para que todos saibam que o suicídio tem condições de ser prevenido. Assim como aconteceram com as outras epidemias, como a mortandade infantil e a AIDS, toda a sociedade se uniu pela prevenção e deu certo. Agora é a vez do suicídio. Precisamos estar juntos para vencer", avalia Ana Rosa. 

Ela comemora a participação da população no evento. "Várias instituições estão participando, a ideia é juntar as pessoas, várias instituições organizadas se juntaram conosco aqui hoje. Temos sentido muito apoio do poder público nesse evento, tanto é que conseguimos colocar balões nas rotatórias, houve muita boa vontade nesse sentido".

Ana Rosa aproveita ainda para adiantar, ao Olhar Direto, o novo projeto do CVV de Cuiabá. "Estamos iniciando no fim deste mês o ‘Grupo de Apoio dos Sobreviventes do Suicídio’, porque a cada suicídio, de seis a dez pessoas são impactadas. Então esse trabalho é para dar apoio a essas pessoas, para que elas evitem a pensar no caso, para que elas não se sintam culpadas ou que pensem que não fizeram nada". 

Por fim, defende a importância da informação e do papel da imprensa nessa iniciativa. "A informação é a principal arma, o CVV funciona como um tripé: o voluntário, a sede e a divulgação. Sem essas bases o CVV não existe. Precisamos da divulgação de vocês para nossa mensagem chegar até a sociedade e levar toda essa nossa vontade de ajudar a prevenir o suicídio e valorizar a vida. O trabalho é incessante".

Representando a Associação Médica Espírita de Mato Grosso (AME-MT), Luiz Augusto dos Santos, médico e presidente do órgão, adere o movimento. “Entendemos que devemos valorizar a vida, de qualquer maneira, sobretudo neste momento crucial que passa nosso país, com o aumento substancial do numero de suicídios, inclusive de jovens. Nada melhor que a sociedade toda se unir nesta luta, pela prevenção e pela busca de estratégias eficientes para sua redução.” Como médico, Luiz Augusto confirma a gravidade do assunto. “O suicídio é um problema de saúde pública”. 

Precisando de apoio emocional, o CVV atende 24h pelos telefones 141 (Cuiabá e Várzea Grande) ou (65) 3321-4111 (interior). Eles fazem também atendimento pessoal na Rua Comandante Costa, 296, das 8h às 18h, e pela internet, no site www.cvv.org.br. O serviço é grátis e seu sigilo é garantido.

Outra forma de buscar apoio é através do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que fica na rua Rio Grande do Sul, 504, bairro Jardim Paulista. Telefone: (65) 3617-1830.

Se você crê que precisa de atuar como conselheiro a um amigo ou parente que pensa em cometer suicídio ou que convive com uma perda familiar pelo mesmo motivo, primeiro leia este material promovido pela OMS, em seguida tente encaminhar a pessoa à um CVV mais próximo. No suporte emocional a um potencial suicída, o importante é evitar cometer erros... sendo o principal deles: se manter em silêncio. Seguem abaixo alguns dos mitos já derrubados sobre o tema: 
 
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