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Quarta-feira, 01 de maio de 2024

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Senador tucano diz que devolverá verba da viagem de sua filha se houver irregularidade

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), disse nesta segunda-feira estar disposto a devolver aos cofres do Senado as despesas pagas pela instituição para sua filha acompanhá-lo em viagem aos Estados Unidos, em 2007, somente se ficar comprovado que houve ilegalidade na operação.


Guerra argumentou que o pedido para o Senado pagar despesas de hospedagem para sua filha foi autorizado pela instituição, por isso não vê irregularidades no pagamento.

"Se for errado, se houver ilegalidade, vou devolver. Mas nenhuma correspondência foi feita ao meu gabinete. Eu fiz uma requisição legal nos termos solicitados pelo Senado e recebi a permissão legal", afirmou.

O tucano considerou "estranho" a denúncia surgir em meio à troca de acusações entre o PSDB e integrantes do PMDB sobre a permanência do senador José Sarney (PMDB-AP) na presidência da Casa. Guerra não quis atribuir, porém, o vazamento da informação a nenhum adversário político. "Eu não fulanizo, não atribuo a ninguém", disse.

Reportagem publicada hoje pela Folha afirma que a advogada Helena Olympia de Almeida Brennand Guerra, filha do parlamentar, viajou para Nova York com as despesas pagas pelo Senado. Segundo a reportagem, ela foi para os Estados Unidos em fevereiro de 2007 e gastou R$ 4.580,40 em diárias pagas com dinheiro público.

A Folha teve acesso a um relatório da Secretaria de Controle Interno do Senado que pediu a devolução dos recursos. O documento foi entregue em fevereiro de 2008 e consta no relatório da Tomada de Contas do Senado já entregue ao TCU (Tribunal de Contas da União).

O tucano disse que todos os parlamentares que tiverem cometido irregularidades devem responder às acusações no Conselho de Ética da Casa, mas criticou o fato de o colegiado ter em sua maioria integrantes ligados a Sarney.

"O comando desta Casa não está funcionando como devia. Estamos desgovernados. Vou fazer o meu papel com equilíbrio e moderação. Precisamos de um conselho que seja de ética, não de aritmética", afirmou.

Guerra afirmou que sua filha viajou com ele para acompanhá-lo em exames de saúde. O tucano, que discorda que tenha cometido irregularidades, disse não ter sido cobrado pela devolução das diárias da filha. Se isso tivesse ocorrido, "teria devolvido", afirmou.

O ex-diretor do Controle Interno Shalom Granado diz que houve discordância entre ele e os técnicos do órgão. Ele afirma que a viagem de Helena tem como base legal a "hipótese de particular em cooperação com serviço público". A divergência foi exposta em relatório entregue ao TCU. "Quem vai decidir se estou certo ou errado é o TCU", disse Granado à Folha, que deixou a secretaria em julho.
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