A vida da família Diel Galiazzi mudou bastante nos últimos meses. Deixando o lar em Sinop e mudando-se temporariamente para Porto Alegre, onde inclusive passam o dia das crianças, afim de acompanhar o pequeno Arthur em seu tratamento de uma má formação do crânio, os pais Leonoir e Clair pedem ajuda para continuar acompanhando o filho, já que por conta disso não estão trabalhando. Submetido a cinco cirurgias desde junho de 2016, o garoto necessita de uma prótese para a região frontal do crânio.
Leia mais:
Quando tudo é fome e saudade: furacão devasta Haiti e aumenta angústia dos que moram em Cuiabá
A condição atual de Arthur não o acompanha desde seu nascimento, ela foi adquirida por um erro médico durante um procedimento quando tinha apenas alguns meses de vida. Segundo sua mãe, Clair Diel, Arthur nasceu com cranioestenose, uma espécie de má formação no crânio, que foi descoberta algum tempo depois de seu nascimento. A partir de então, os pais da criança começaram a busca pelo tratamento, que não era fornecido pelo Sistema Único de Saúde de Sinop, local onde moram.
“Conseguimos atendimento no SUS de Campo Grande, lá ele ficou internado por 5 meses e após uma das cirurgias contraiu infecção hospitalar, o que ocasionou na retirada dos ossos da parte frontal do crânio”, explica a mãe.
A partir daí Clair conta a reportagem do
Olhar Direto que não conseguiu mais atendimento no SUS de Campo Grande, então passou a buscar ajuda em outros municípios. Agora também o problema havia se agravado e Arthur precisaria de uma prótese que protegesse o cérebro e substituísse os ossos que foram retirados por conta da infecção.
“O tratamento é de alto custo, então todo lugar que eu ia não me aceitavam no SUS por eu não residir naquele estado. Então entrei com ação judicial para que o governo de Mato Grosso pagasse o tratamento. Fiz orçamento do tratamento com médicos particulares em Brasília, mas optei por levar Arthur para Porto Alegre. A primeira cirurgia eu sei que custou uns R$ 300 mil reais, as outras eu não sei”, conta Clair.
A mãe relata que o menino passou pela sua quinta cirurgia no dia de ontem (10). A primeira tentativa com um modelo de prótese não funcionou, pois ela apertou o cérebro do menino, ocasionando uma fistula na meninge que aumenta o risco de infecção e meningite. “Ele esta usando um dreno por conta do líquido que está vazando. Ele está bem, dá risada e corre o tempo todo, mas ficamos assustados de vê-lo com aquela mangueirinha na cabeça”.
Tempo é um fator determinante na condição de Arthur, quanto mais tempo sem tratamento adequado maior a chance de desenvolver uma infecção, ou mesmo uma esclerose múltipla, já que a pressão atmosférica age diretamente no cérebro desprotegido, fazendo surgir as massas brancas. Apesar dos contratempos, a família segue confiante. “Tem que dar certo, não pode pensar de outro jeito”, diz Clair.
Por conta dos cuidados que Arthur demanda, Clair não trabalha mais como manicure para poder acompanhá-lo, também por isso o marido Leonoir pediu afastamento de seu emprego como motorista de caminhão para ficar perto do garoto, da esposa e também cuidar da outra filha do casal, uma garotinha de 7 anos.
Diante da dificuldade, amigos de Leonoir decidiram contribuir da forma que podem. Cleomar Ilnich, por exemplo, fez uma rifa no valor de R$ 10 reais para ajudar os amigos a se manterem durante a estada em Porto Alegre. Os prêmios, uma TV 29” e um aparelho de DVD foram doados por um grupo de empresários de Sinop. As doações em dinheiro também podem ser depositadas em conta corrente 512323-2 agencia 234 do banco Bradesco em nome de Clair Diel, a mãe de Arthur. Mais informações sobre a situação de menino e como ajudar
AQUI.
