Olhar Direto

Segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Notícias | Cidades

'Lote Limpo'

Servidora e mais três são presos por venda de lotes públicos; Hilux e R$ 2,6 mil apreendidos

Foto: Reprodução/PJC

Servidora e mais três são presos por venda de lotes públicos; Hilux e R$ 2,6 mil apreendidos
A Polícia Judiciária Civil de Campo Verde (131 km de Cuiabá) deflagrou, na sexta-feira (21), uma operação com objetivo de desarticular uma quadrilha envolvida na falsificação de documentos para venda de lotes urbanos pertencentes ao município. A ação resultou na prisão de quatro pessoas envolvidas no esquema, entre elas uma funcionária da prefeitura, além da apreensão de dois veículos, documentos, aparelhos eletrônicos e dinheiro.


Leia mais:
Prefeito de cidade de MT decreta estado de calamidade pública por falta d’água; 95 mil afetados
 
Entre os presos estão Alisson Eder Albano Nunes, Diego Henrique dos Santos Campanholo e Ademir dos Santos e a servidora pública Rosemar Madalena Ferreira. Outros envolvidos no esquema ainda podem  ser presos. Todos os envolvidos responderão pelos crimes de associação criminosa, falsificação de documento, peculato eletrônico, sem prejuízo de demais condutas apuradas até o final das investigações.
 
As investigações da operação ‘Lote Limpo’ tiveram início em fevereiro de 2016, a partir de uma denúncia de que pessoas estavam realizando a falsificação de documentos para venda ilícita de lotes do município a particulares, contando com apoio de uma funcionária pública, cuja ação era fundamental para ludibriar as vítimas e garantir o sucesso da fraude.
 
Conforme apurado nas investigações, a associação criminosa vendia lotes às vítimas, falsificando os documentos necessários para fraude. A servidora pública ficava responsável por alterar no sistema de cadastro imobiliário da Prefeitura os nomes dos proprietários, fazendo a vítima acreditar que o imóvel negociado estava em nome da pessoa que se apresentava como vendedor.
 
Segundo a assessoria de imprensa da PJC, após a venda fraudulenta, a servidora colocava o imóvel no nome da vítima para que ela acreditasse que a transferência era legítima. Nas investigações foram identificados lotes urbanos negociados pelos golpistas nos bairros São Miguel, Jupiara, Belvedere e Estação da Luz, no município de Campo Verde, porém há suspeita de fraudes em outros lotes em bairros diversos da cidade.
 
O delegado Mario Roberto de Souza Santiago Junior explicou que no Cartório de Registro de Imóveis o contrato de compra e venda não teria validade, tampouco as certidões negativas emitidas pela servidora, uma vez que os lotes jamais poderiam ser escriturados e registrados em nome das vítimas.
 
“Os golpistas foram monitorados durante três meses, sendo possível identificar os integrantes da associação criminosa e a forma que agiam. Eles usavam aparelho de rádio do tipo HT para comunicação fechada, por temerem ser interceptados”, destacou o delegado.
 
Foram apreendidos: duas caminhonetes, uma delas uma Toyota Hilux, comprada com o dinheiro adquirido com o golpe, além da apreensão de R$ 2,6 mil em dinheiro, diversos aparelhos celulares, computadores, rádio comunicador, documentos de contrato de compra e venda de terrenos e de veículos e uma algema.
 
“Esperamos que novas vítimas, ao tomar conhecimento das fraudes, compareçam a delegacia para noticiar o fato e assim concluir o inquérito nos próximos dias”, destacou o delegado.
 
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

Sitevip Internet