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R$ 4 milhões

Wilson leva à Defaz dossiê que acusa cunhada de Emanuel e levanta suspeita sobre promotor em caso de propina de R$ 4 milhões; ouça

24 Out 2016 - 15:10

Da Redação - Laíse Lucatelli / Da Reportagem Local - Jardel Arruda

Foto: Edson Rodrigues/Assessoria

Wilson leva à Defaz dossiê que acusa cunhada de Emanuel e levanta suspeita sobre promotor em caso de propina de R$ 4 milhões; ouça
O candidato a prefeito de Cuiabá Wilson Santos (PSDB) acaba de protocolizar um dossiê na Delegacia Fazendária (Defaz) com mais detalhes sobre o caso da propina de R$ 4 milhões denunciado no debate da TV Record (Grupo Gazeta) na noite de domingo (23). Wilson disse que foram entregues documentos sobre o caso, além de áudio e vídeos com a conversa que ele teve com Barbara e Marco Polo Pinheiro, irmão do candidato Emanuel Pinheiro (PMDB), mais conhecido como Popó, no dia 24 de setembro em seu apartamento.


Segundo o tucano, Barbara Pinheiro afirmou ter apenas feito lobby para a empresa Caramuru Alimentos receber incentivos fiscais em 2014, mediante pagamento de R$ 4 milhões. Seu papel seria agilizar o andamento do processo de incentivos da empresa no Conselho de Desenvolvimento Empresarial (Cedem). Porém, Wilson diz ter percebido a gravidade do caso somente quando ela disse que temia ser presa.

“Temos áudio com a confissão da dona Barbara e Marco Polo Pinheiro, quando eles espontaneamente foram ao meu prédio e eu os recebi. Em algum momento eu vi que a coisa era mais grave do que eu imaginava, quando ela admitia a possibilidade de ser presa, e o deputado Emanuel Pinheiro tinha conhecimento de tudo. Palavras da dona Barbara”, disse Wilson à imprensa, ao chegar à Defaz.

Wilson afirma que, na gravação, Barbara diz que teria levado o caso ao promotor Sergio, que teria lhe orientado a voltar “depois das eleições”. Segundo a assessoria de Wilson, este poderia ser Antonio Sergio Cordeiro Piedade, coordenado do Núcleo de Ações Originárias (Naco). Porém, o advogado do tucano, José Antonio Rosa, afirmou que há três promotores com esse nome e cabe à Defaz descobrir de quem se trata.


Esquema elaborado pela assessoria de Wilson Santos 

De acordo José Rosa, os R$ 4 milhões recebidos por Barbara seria dinheiro demais para “lobby e consultoria” pela aprovação dos incentivos no Conselho Fiscal, principalmente porque os benefícios para três empresas do grupo Caramuru foram aprovados através de decreto, antes de passar pelo órgão colegiado. Para ele, ela seria uma parte de um esquema envolvendo mais pessoas, como o ex-secretário de Indústria, Comercio, Minas e Energia, Alan Zanatta

“Quando dissemos que o secretario Alan Zanatta, secretário indicado por Emanuel Pinheiro, eu não acredito que a Barbara, por si só, tem competência sozinha para ir lá despachar com ele. E não acredito que o Alan Zanatta tinha condições sozinho, como ele decidiu, decidir por um incentivo fiscal de um tamanho esse sem ter o aval do governador e do Marcel de Cursi, que era o secretário de Fazenda, que em tese eram quem iria abrir mão do recurso”, pontuou o advogado.

Ouça o áudio da conversa entre Wilson Santos, Barbara e Popó divulgado pelo candidato:



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