A suinocultura em Mato Grosso poderá se tornar inviável caso a unificação de impostos venha a onerar o setor produtivo, segundo a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat). A entidade participou de uma reunião com o governador Pedro Taques (PSDB) na quarta-feira (16), e afirma ser "contra o aumento de impostos na suinocultura". O encontro com o chefe do Executivo foi para debater a reforma tributária.
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Desde o início de 2016 a Acrismat vem solicitando para a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) a redução da alíquota de ICMS na comercialização estadual e interestadual de suínos vivos de 12% para 7% -- alíquota cobrada para o boi em pé. Conforme o presidente da entidade, Raulino Teixeira, estados como Paraná e Santa Catarina já tomaram algumas medidas que visam aliviar os impactos do setor diante a elevação do custo de produção, uma vez que devido a quebra da safra de milho no país, principalmente em Mato Grosso, o milho chegou a patamares acima de R$ 35 a saca de 60 quilos.
"A Acrismat é contra o aumento de impostos na suinocultura. Entendemos e respeitamos a atitude do Executivo de reformular a política tributária do Estado, a unificação, desde que seja amplamente debatida com os segmentos é legítima. Mas aumento de impostos o nosso setor não suporta", pontua Raulino.
A reunião com o governador Pedro Taques na quarta-feira reuniu as principais entidades ligadas ao setor produtivo mato-grossense. Além da Acrismat, que representa o setor da suinocultura, estiveram presentes a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Associação de Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) e Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).
A suinocultura mato-grossense voltou a passar por dificuldades há cerca de um ano, tendo diversas granjas fechadas desde então. Segundo a Acrismat, foi apresentado ao governador a situação vivida pela atividade.
Hoje, a suinocultura tem prejuízo de R$ 1 por quilo vendido. A questão é reflexo do alto custo de produção, impulsionado pela inflação do milho e a baixa remuneração pelo quilo do suíno vivo.
"Precisamos de estrutura, de incentivo e neste momento o ideal seria redução e não aumento de impostos", defendeu o presidente da entidade durante a reunião com Taques.
