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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Punição pode chegar a prisão

Promoção de tenente é adiada e 5 militares são afastados em investigação por morte

Foto: Reprodução

Promoção de tenente é adiada e 5 militares são afastados em investigação por morte
Investigada pela segunda vez por denúncias de excessos nos treinamentos, a tenente do Corpo de Bombeiros Isadora Ledur, pode ser punida, se comprovado seu envolvimento na morte do aluno bombeiro Rodrigo Claro, 21, com pena que pode variar de advertência até prisão. Além dela, outros quatro militares envolvidos no exercício foram afastados de suas atividades e cumprem atualmente funções administrativas. A corporação também definiu que a promoção para capitão, a qual Isadora era indicada, será adiada até que o resultado das investigações seja divulgado. 


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De acordo com o coronel Júlio Cézar Rodrigues, as medidas foram adotadas para garantir a lisura do procedimento. Na primeira denúncia feita contra ela eram apuradas infrações relativa à pressão psicológica nos alunos do 15º curso de formação, não sendo constatada a ação. Por esse motivo ela foi escalada novamente para o treinamento, que está em sua 16ª edição. Agora, diante de um segundo processo, se for comprovado algum tipo de responsabilidade sobre a morte do jovem, Isadora provavelmente não ser chamada para os próximos cursos, segundo o Coronel.

“As denúncias anteriores não comprovaram excessos, por isso a presença dela. Mas em um próximo curso, se for verificado que ela cometeu excesso, é uma outra situação. Se ela vai ser chamada? Provavelmente não, mas não dá pra saber. Talvez mesmo não praticando o excesso ela não seja chamada.” O coronel não soube informar se a profissional já foi ouvida pelos investigadores.

Segundo ele a apuração pode constatar a ocorrência de crime ou transgressão disciplinar. “A transgressão é punida com advertência até a prisão: advertência, repressão, detenção e prisão. Dependendo da gravidade do ato praticado pelo militar ele também pode ser submetido a conselho, aí entra um procedimento para verificar se ele tem ou não condições de permanecer na ativa. Mas esse é um procedimento que só ocorrer diante da materialidade de que um militar cometeu um desses atos, ou crime ou transgressão.”

Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça-feira (22), o coronel reforçou que a tenente não deve ser considerada como culpada antes que as investigações sejam finalizadas. “Nós não comungamos com esse tipo de atitude. Vivemos em um estado democrático de direito no qual o acusado é inocente até que se prove o contrário. Temos que dar pelo menos o benefício da dúvida a tenente. Não havendo o crime o processo pode ser arquivado ou não. Se houve crime, se tem autor e materialidade, quem vai condenar ou absolver, será a Justiça Militar.”

Com relação à seleção dos treinadores ele afirma que são escolhidos os profissionais mais capacitados, tanto em habilitações físicas quanto de conhecimento técnica. Assim, todos estariam prontos para ministrar o curso, que segue agora sobe nova coordenação.

Diante da possibilidade de que testemunhas sejam intimidades pelos superiores, Rodrigues destacou que o Comando não compactua com autoritarismos ou qualquer tipo de excesso e que todos tem o direito de denunciar e pedir esclarecimentos sem nenhum tipo de represália. “Os alunos tem toda a tranqüilidade para fazer suas comunicações ao coordenador para a apuração. Eu tenho convicção de que a investigação transcorreu com lisura. Ninguém vai ser perseguido.”
 
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