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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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Fala em alienação parental

Vereador nega acusação de abuso sexual contra enteada e chama garota de “problemática”

Foto: Reprodução

Vereador nega acusação de abuso sexual contra enteada e chama garota de “problemática”
O vereador eleito em Cuiabá, Francisco Carlos Amorim Silveira, mais conhecido como ‘Chico 2000’, negou ter abusado sexualmente de sua enteada, de 11 anos. O caso veio à tona nesta segunda-feira (28), dois dias depois de a tia da menina ter denunciado o suposto crime e registrado um boletim de ocorrências (BO). O parlamentar acrescentou que a garota é “problemática” e que pode ter acontecido uma alienação parental por parte da família paterna, já que ele ajudou a noiva a conseguir a guarda da criança.


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“Tenho 61 anos de idade, sou pai de duas filhas e [tenho] um neto. Disputei cinco eleições na minha vida política. Trabalhei como contador, advogado e o meu passado por si se explica. Podem buscar a minha vida até o dia de ontem, que não encontrarão nada neste sentido. Quero dizer que sempre cuidei da minha imagem, das minhas ações, porque sempre soube que o reflexo das minhas ações iria refletir em cima de quem não tem nada com isto. Que são minhas duas filhas e netos”, disse o vereador ao Olhar Direto.
 
Chico 2000 conta ainda que a garota morava com o pai em Canarana: “Lá, também aventou uma conversa desta, que foi quando o pai pegou a guarda. Posteriormente, conheci a mãe dela, em Cuiabá. Notei que era uma menina muito triste com aquela covardia que houve lá atrás e me propus a ajudá-la. Na audiência conseguimos reverter a guarda e ela [criança] veio morar com a mãe”.
 
“Ali, a família dos pais se estabeleceu como meus inimigos. Falei para a minha noiva matricular a menina em uma boa escola, que teria dificuldades, mas depois recuperaria. Ela foi matriculada em um colégio católico, faz catequese, tem todos os ensinamentos. Porém, ela sempre foi problemática, respondona, passou a falar palavrões. Começou a debochar das pessoas”, conta o vereador.
 
O parlamentar comentou ainda que a criança de 11 anos ficou repetente em três matérias. Então, a mãe pediu que ele a ajudasse. Chico 2000 afirmou ter dado aulas, principalmente de matemática: “Ela conseguiu a nota e passou. No sábado, fui almoçar na casa da mãe dela, minha noiva. Ela apresentou o boletim com as notas vermelhas, a menina tinha ficado de recuperação em cinco matérias. Pedi que a mãe a chamasse para que conversássemos”.
 
“Disse que ano passado eu havia ajudado, mas disse que era compreensível pela diferença do ensino no interior, mudança de ambiente, entre outras coisas. Falei que ficar de cinco matérias era sinal de que ela não estava estudando, ela não entrega os trabalhos para a mãe. As provas que a mãe teria de assinar, ela diz que perdeu”, explica o vereador.
 
Chico 2000 alegou que “durante a conversa, ela ironizou, fez careta, ficou dançando. Eu disse para a mãe dela que em quatro ou cinco dias ela não conseguiria recuperar. Ainda falei que ela reprovar agora, não seria de todo mal. Todos os colegas seguiriam para a sétima série e ela tiraria isso como ensinamento. Ela não gostou desta fala e saiu do ambiente em que estávamos. Continuamos conversando e pedi para que chamasse a criança de volta”.
 
Porém, quando a mãe foi atrás, ela não estava em casa, havia sumido. O vereador então pegou o carro e começou a procurá-la. A mãe imaginou que ela teria ido para a casa de uma amiga da escola. “Chegando lá, fomos informados que ela esteve lá, ligou para a tia (irmã do pai), que tem uma posição de raiva ao meu respeito por conta da guarda. Elas foram para o Conselho Tutelar. Lá, foi aprontada essa covardia comigo”.
 
“A mãe sempre cuidou da filha, é um exemplo, extremamente recatada. Ela estava lá, os conselheiros pediram que fizesse uma declaração narrando toda a situação. Falou das preocupações minhas em relação a criação da menina. Quero dizer que meu passado me apresenta nos dias de hoje. Antes de conhecer minha noiva tive outros relacionamentos, são pessoas que continuam minhas amigas. Pois sabem a forma que sempre tratei elas e os filhos”, argumentou.
 
Por fim, Chico 2000 disse que o que resta neste momento é apresentar a verdade. “A tia tomou uma prática covarde, não poderia ter feito o que fez. Foi até a delegacia, registrou um Boletim de Ocorrências (BO) a sua vontade. Essa prática teria que ter sido feita pelo Conselho Tutelar, se entendesse que deveria agir assim. Se houvesse essa compreensão desta necessidade. Nem saí de casa ainda, estou atendendo todos. Vou procurar meu advogado para que ele me oriente quanto as providências que devo tomar”.
 
“Minhas filhas ficaram extremamente abaladas com a situação. Exatamente porque me conhecem e sabem da armadilha que foi armada para mim. Quero que tudo isto seja apurado, para que possamos reproduzir definitivamente a verdade para as pessoas. Acredito que hoje podem estar me crucificando por uma denuncia de uma menina irresponsável e que possivelmente foi induzida pela tia”, finalizou.
 
O caso
 
O vereador eleito em Cuiabá, Francisco Carlos Amorim Silveira, mais conhecido como Chico 2000, é acusado de abusar sexualmente de uma menor de 11 anos. A acusação é feita por uma tia paterna da menor, segundo informações do boletim de ocorrências nº 2016.380704.
 
Segundo consta do boletim de ocorrência (BO), o vereador eleito Chico 2000 é padrasto da menina. O abuso sexual teria ocorrido no dia 13 de outubro deste ano durante uma festa de comemoração do aniversário da mãe da menor. A vítima teria pedido para ir embora, uma vez que já estava tarde, porém foi levada para um quarto pela mãe onde conversaram.
 
Ainda de acordo com o registro no boletim de ocorrências, a mãe teria pedido para o namorado, o vereador, para que ele conversasse com a filha, uma vez que a achava triste e para convencer a menina para ficar na festa.
 
Conforme relatado pela tia da menina, o vereador teria pedido para a criança sentar em seu colo para conversar, entretanto, enquanto conversavam, o mesmo teria começado a passar a mão na vítima. A tia ainda relatou aos policiais que a sua sobrinha diante a situação saiu do colo do vereador e foi para outro quarto, sendo seguida por ele, onde teve novamente de sentar em seu colo e o mesmo voltou a passar a mão descendo até seus órgãos genitais.
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