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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Consumidor compra salgado para os filhos e encontra larvas no recheio; crianças estão traumatizadas

Foto: Reprodução

Consumidor compra salgado para os filhos e encontra larvas no recheio; crianças estão traumatizadas
Surpreendido por uma porção de larvas encontrada em dois salgados oferecidos a seus filhos, o jornalista Robson Fraga denunciou na quinta-feira (8) o supermercado Multicompras, no bairro Araés, em Cuiabá, pela venda dos alimentos estragados. Os cachorros-quentes, dados aos seus filhos, um menino de 11 e uma menina de 12, foram comprados por ele por volta de 11h30 da manhã, depois que uma atendente confirmou que os alimentos haviam sido feitos naquela data.


De acordo com Robson a situação foi notada assim que ele retornou ao carro e entregou as compras às crianças e a esposa, que chegaram a dar a primeira mordida no salgado. O filho mais velho, ao notar o gosto estranho do produto, alertou os pais que, em seguida encontraram os vermes no recheio de salsicha. Nenhum deles chegou a passar mal, mas os menores e a mulher vem apresentando dificuldades para se alimentar em decorrência do trauma.

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“Meus filhos e minha mulher estão sem comer desde ontem, com medo de encontrar alguma coisa na comida ou ingerir algo estragado. Na hora que percebemos que o salgado estava podre, minha esposa ligou pro Samu pra saber como deveríamos proceder. Então fomos orientados a esperar 12h após a ingestão e procurar por uma unidade de saúde caso alguém passasse mal.”

Ele explica que chegou a voltar ao estabelecimento para relatar a situação e conversar com o proprietário, no entanto, depois de ter o dinheiro pago pelos itens devolvidos, o gerente afirmou que isso acontece e que ele não poderia fazer mais nada. O jornalista procurou a Polícia Militar (PM), para registrar um boletim de ocorrência, sendo orientado ainda a denunciar o caso na Vigilância Sanitária, fechada em decorrência do feriado municipal.

Direcionado à Central de Flagrantes, Robson foi direcionado a procurar pela Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec), onde foi informado que as análises só poderiam ser realizadas caso algum dos consumidores tivesse passado mal. Na manhã desta sexta-feira (9), Robson alegou ainda ter conseguido atendimento na Vigilância Sanitária, não obtendo sucesso nas chamadas telefônicas.

O Procon também foi procurado pela vítima, no entanto, só poderá autuar o estabelecimento após o laudo da Vigilância Sanitária. O diretor do órgão no município, Carlos Rafael Carvalho, explica que o procedimento se dá em razão das atribuições e do funcionamento das instituições. Assim, não cabe ao Procon avaliar se os produtos estão estragados ou não, mas realizar fiscalizações e autuações em casos de itens vencidos.

Deste modo, depois de uma comprovação de que a comida é imprópria ao consumo, a atuação é viabilizada e o estabelecimento é notificado, recebendo um prazo de 10 dias para apresentar sua defesa. Depois disso, poderão ser aplicadas penalidades como multa, suspensão da atividade ou cassação do alvará de funcionamento.

Além das denúncias já registradas, Robson alega agora que entrará contra um processo contra o supermercado, para que evitar que esta situação se repita com outras pessoas. “Não tem nada a ver com dinheiro, comprei os salgados por 2,99. É pra que eles não continuem vendendo comida podre pra outras pessoas.” Um representante do supermercado foi procurado pela reportagem do Olhar Direto por meio dos números XXXX-5053 e XXXX -0161, mas as ligações não foram completadas.



Vigilância Sanitária

O órgão informou que até o momento não houve qualquer denuncia relacionada a esse fato e que não funciona nos feriados, não tem regime de plantão, a não ser em caso de graves surtos alimentares, por exemplo. Por meio de nota foi reforçado que a Vigilância Sanitária faz fiscalizações rotineiras no comércio, bares, restaurantes, e lanchonetes, inclusive para emissão de alvarás e documentos de autorização de funcionamento. 

Em casos semelhantes, quando a denuncia chega ao órgão, uma equipe vai ao local indicado pelo consumidor, para fazer a análise visual  do produto (como ele está acondicionado e até mesmo, exposto nas prateleiras dos supermercado, bares, restaurantes, etc. E,  em determinados casos, recolhe um lote para análise. Em relação a um produto especifico, que o consumidor levou pra casa e abriu, não é possível fazer outro tipo de analise que  não seja a visual, já que não dá pra saber por exemplo, quanto tempo o produto ficou aberto na casa do consumidor. 
 
Após essa fiscalização a empresa, comércio, restaurante, bar, supermercado, etc é notificada para se adequar as normas ou, em casos mais graves, é interditada imediatamente. Nos casos menos graves é dado um prazo para que a empresa possa se adequar, caso não o faça no prazo estipulado, são tomadas as medidas cabíveis, inclusive interdição se for o caso.
 
Serviço
 
Em razão de uma reforma, a Vigilância Sanitária está funcionando no prédio do Centro de Controle de Zoonoses, de segunda a sexta-feira, das 08:00 às 17:00 horas.  Para orientar o cidadão e prestar informações está disponivel o telefone 3617 1680. O Procon Municipal funciona na Rua Joaquim Murtinho, 554 – Centro e pode ser acionado por meio do telefone 3641-6400 ou pelo aplicativo gratuito. 
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