Mesmo confirmando a rebeldia da bancada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o presidente da Executiva Regional do PSD, vice-governador Carlos Fávaro, afiançou que não existe pressão por cargos ou ameaça de rompimento. Ele reuniu a Executiva Regional na noite desta segunda-feira (16) para cobrar lealdade ao governador José Pedro Taques (PSDB) e enfatizar a importância da participação do Partido Social Democrático na b ase aliada d atual governo.
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“O PSD sempre apoiou o governo Pedro Taques e assim continuará”, assegurou Fávaro, por meio de assessoria. Desde dezembro, com agravamento na tramitação e votação da Lei Orçamentária Anual (LOA), a bancada do PSD jogou pesado com o Palácio Paiaguás. Tanto que o relator da LOA na Assembleia, deputado Zé Domingos Fraga Filho (PSD), fez ouvidos moucos aos pedidos do governo para rejeição de diversas emendas, que acabaram inseridas e aprovadas, no texto final.
“Não há e nunca houve briga por cargos entre Governo e PSD. É bom que fique muito claro. O PSD quer respeito, reconhecimento e espaço para contribuir com o governo Pedro Taques, principalmente neste momento de crise. Assim deve ser o relacionamento entre parceiros políticos e que ajudaram a eleger o governador”, definiu o presidente do Diretório Regional.
Durante parte da reunião de quase cinco horas, a chapa esquentou entre a Executiva PSD e membros com mandato. O partido é um dos maiores de Mato Grosso, no comando de 26 prefeituras e detentor da maior bancada individual da Assembleia Legislativa, com seis parlamentares. O PSD possui também em um deputado federal (José Augusto Tampinha Curvo), um senador (José Medeiros) e o vereador Toninho de Souza, mais votado da Capital – dentre 182 vereadores em todo o Mato Grosso.
Carlos Fávaro estava fora de Mato Grosso e quando chegou, já fez a convocação dos líderes, prefeitos e parlamentares para determinar a ‘ordem unida’, em prol do governo do Estado. O encontro era aguardado pelos membros do partido para por fim às especulações geradas na imprensa de que o PSD estaria a pressionar Pedro Taques por cargos.
O vice-governador admiti que existe, sim, um descontentamento por parte dos deputados estaduais quanto à condução política do atual Governo, mas o partido não é adepto do fisiologismo.
“Criou-se uma indisposição a troco de fofocas e certos maus entendidos, entre a equipe do Governo e a bancada do PSD na Assembleia Legislativa. Contudo, há de se entender que os deputados são legítimos representantes do povo e têm o direito de acompanhar de perto as ações do executivo, até mesmo para cumprir sua função de fiscalizar”, destacou Fávaro.
O presidente do PSD sempre demonstrou lealdade a Taques. Por isso, fez questão de ressaltar a discussão sobre cargos na administração estadual, no âmbito institucional do PSD. Fávaro disse que o governo passa por ampla reforma e no intuito de dar contribuição partidária, o PSD já se colocou por diversas ocasiões à disposição para sanar problemas políticos e técnicos.
“Estamos preocupados com o momento político e econômico pelo qual passa o estado. Há uma instabilidade financeira e juntos iremos superar. Durante essa reunião pontuamos erros e acertos da gestão estadual. Esse é nosso papel”, informou.
Uma das reivindicações que serão apresentadas ao governador Pedro Taques será a pontualidade no repasse das parcelas referentes ao ICMS e Fethab aos municípios. “O PSD é um partido municipalista e em tempo de crise, não é razoável que se permita atraso no repasse aos municípios. Pois é no município que estão as pessoas, sobretudo aqueles que mais necessitam”, falou o vice-governador.
Além do vice-governador, estiveram presentes à reunião o senador José Medeiros; o deputado federal José Augusto Curvo; os deputados estaduais Zé Domingos, Ordonir Bortolin (Nininho , Dr. Leonardo Albuquerque, Wagner Ramos, Pedro Satélite; o vereador por Cuiabá Antônio de Souza e os membros da Executiva Estadual Eduardo Moura, Renancíldo Soares de Souza, Meraldo Sá, Neurilan Fraga, Edson Paulino de Oliveira, Domingos Savio, Nilton Borges Borgato e Stéphano Benevides do Carmo, Lair da Silva, Homero Florisbelo da Silva.