O vice-governador Carlos Fávaro, presidente regional do PSD, assumiu a defesa do governo de Mato Grosso e fez o contraponto às críticas do senador Wellington Fagundes (PR) à gestão Pedro Taques. Ele utilizou a mesma metáfora e acusou Fagundes e seu grupo de mamarem tetas do Estado.  
 
“Mato Grosso é uma vaca forte, campeã de qualidade. Só que foi mamada nas tetas dela por cinco anos. E não é fácil reconstruir o vigor desta vaca chamada Estado de Mato Grosso”, respondeu o vice-governador, durante entrevista à Rádio Capital FM, nesta quarta-feira (25). 
 
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“Se a vaca está passando por atoleiro, é porque antes disso  deixaram ela  desnutrida. No mento, está recuperando as forças para sair do atoleiro. Sim, com responsabilidade,  eficiência e respeito ao dinheiro público, vamos retirá-la do atoleiro”, justificou Fávaro, ao lembrar que “de vaca eu entendo. Eu sou criador!”  
O presidente do PSD desafiou Fagundes a refazer as contas sobre o resultado das eleições de 2016. “O senador da República deve ter perdido o foco e a convicção com que se faz conta, em política. A base aliada elegeu 100,  dos 141 prefeitos, em outubro do ano passado. Então, não vejo como o governador Pedro Taques possa estar desgastado, nos municípios”, ironizou  o vice-governador.
 
Indicações partidárias

Quanto à crítica de Fagundes pelo fato de Taques estar compondo o staff com políticos, o vice-governador decidiu chutar a canela. “Trata-se de demagogia o senador do PR. A experiência que tem é de indicações e não foi nada eficiente. Afinal de contas, foi um dos avalistas da indicação e apoiador do senhor Eder Moraes”, citou, lembrando do homem forte do governo Silval Barbosa – foi secretário de Estado de Fazenda, da Casa Civil e da Copa do Pantanal (Secopa). “Portanto, de fisiologismo ele entende bem. Um bom exemplo disso é o seu indicado Éder Moraes”, reforçou Fávaro.
 
“Os aliados estão  fazendo indicações de políticos, no governo Taques. Não! Não existe ojeriza aos políticos. Nós somos políticos com orgulho. O que existe é diferença de comportamento político. A velha política de loteamento de cargos no governo não existe. Com  a base aliada, construímos um novo modelo. O senador Wellington deve ter falado isso porque não tem experiência no Poder Executivo”, avaliou ele.
 
“Não entende de Poder Executivo. Todos sabem que tentou duas ou três vezes, eleições para o Poder Executivo [Prefeitura de Rondonópolis] e não obteve êxito. A população deve ter algum receio dele para cargo Executivo”, alfinetou o vice-governador.
 
Infraestrutura

Carlos Fávaro lamentou que o senador do PR tenha criticado o que considera lentidão do Programa MT Integrado, contratado no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Sim, deixaram contratados R$ 1,5 bilhão. E está custando para Mato Grosso 2,5 bilhões, porque há muitas obras sem projetos. E, agora, temos de  revigorar cada projeto, com muita responsabilidade”, cutucou o vice-governador.

“Vamos comparar, então. Em mais de cinco anos, o governo em que mandava [gestão Silval Barbosa] construiu 800quilômetros de asfalto. No governo Taques, construímos  mais de 1.400 quilômetros. Isso porque temos um programa consistente, eficiente e com muito zelo”, devolveu Fávaro.