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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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PC não descarta execução

Polícia não descarta execução em morte de ex-prefeito; vítima respondeu por pistolagem e homicídio de senador

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto/Reprodução

Polícia não descarta execução em morte de ex-prefeito; vítima respondeu por pistolagem e homicídio de senador
Testemunhas do assassinato do ex-prefeito Luiz Carlos Machado, 61, mais conhecido como “Luiz Bang”, começaram a ser ouvidas pela Polícia Civil de Confresa (1150 km de Cuiabá) na manhã deste sábado (28). O fazendeiro foi morto com um tiro na cabeça em frente a sua casa, em uma chácara nas proximidades da BR-158, na noite de sexta-feira (27). A polícia considera mais de uma linha de investigação, sendo uma delas a de execução, uma vez que a vítima possuía desavenças na região. Ele já foi considerado o 5º pistoleiro mais perigoso do país, tendo respondido pelo homicídio de um senador, desmatamento e trabalho escravo


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Ao Olhar Direto, um dos investigadores informou que, além do ex-prefeito, outras pessoas estavam na residência no momento do crime, no entanto, nenhuma delas viu o responsável pelo disparo chegar ou sair, o que dificulta sua identificação. A localização da propriedade, de fácil acesso e próxima a uma rodovia, também teria contribuído com a rápida fuga do criminoso. A Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) esteve no local para a realização de análises que possam levar ao criminoso.

“A esposa dele estava na cozinha, o caseiro em um dos quartos, e outro rapaz a poucos metros da casa. Eles foram ouvidos preliminarmente no local e afirmaram ter ouvidos apenas o barulho to tiro”, disse o investigador. As investigações são conduzidas pelo delegado André Rigonatto, que colheu depoimento de um dos funcionários nesta manhã. Em decorrência do velório, ele deverá ouvir oficialmente as outras testemunhas até o domingo (28).

Atingido com um tiro próximo ao ouvido esquerdo, Luiz chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital Municipal da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Pioneiro na região, onde vivia há 35 anos, ele também foi prefeito do município de Porto Alegre do Norte (1120 km de Cuiabá). Em 2016 candidatou-se novamente à Prefeitura de Confresa, mas foi impedido pela Justiça, que o considerou inelegível. 

Histórico

Com longo histórico criminal, o ex-prefeito foi preso em 2009 durante Operação Pluma que combate a prática de grilagem de terras no Vale do Araguaia, já tendo considerado o 5º pistoleiro mais perigoso do país. Ele também foi acusado por envolvimento no assassinato do ex-senador Olavo Pires, morto num hotel de São Paulo, que era pré-candidato a governador de Rondônia.

Bang também foi apontado em inquérito da Polícia Federal como responsável por desmate, venda de áreas griladas, falsificação de escrituras e ameaças. À época o promotor da região, Leandro Volochko, relatou no processo que Luiz Bang atuava desde 1994 na localidade cometendo ilícitos da espécie.

De acordo com o inquérito da PF, Luiz Bang era ligado ao grupo do sub-tenente Moreira, citado no processo, e atuava junto com Camilo de Lélis Brasileiro Pereira, envolvido no esquema. O ex-prefeito também era responsável por providenciar a escrituração falsa dos lotes. Ainda de acordo com o processo Camilo e Luiz Bang atuavam em conjunto, inclusive ameaçando juízes da região e promovendo a invasão de terras da União, havendo notícia de que pagam propina a servidor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária e para agilizar a entrada na posse.

Em 2006 o ex-prefeito ele foi julgado e absolvido no caso em que era acusado de mandar matar o ex-prefeito Rodolfo Alexandre Inácio, o Cascão, a esposa Fernanda Macruz, e o amigo Avelino Pereira Coelho, em novembro de 1988. A absolvição, no entanto, pode ter ocorrido por Bang ter pressionado um dos jurado e ameaçado o promotor Leandro Volochko e o juiz Gerardo Umberto Júnior.

Em outra ocasião foi preso por exploração de trabalho escravo e em 2003 foi processado pela prática de trabalho escravo na Fazenda Cinco Estrelas, em Mundo Novo (MT).  Em  2006 foi detido por promover quebra-quebra na Câmara Municipal de Confresa.
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