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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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caso rodrigo claro

Após 80 dias, tenente que gerenciava treinamento irá depor em caso de aluno bombeiro morto

Foto: Reprodução

Após 80 dias, tenente que gerenciava treinamento irá depor em caso de aluno bombeiro morto
Mais de 80 dias após a morte do aluno soldado do Corpo de Bombeiros, Rodrigo Claro, 21, a tenente Isadora Ledur será ouvida na quinta-feira (2) em inquérito da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que apura as causas do ocorrido.  O jovem teria sido vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), sofrido após treinamento na Lagoa Trevisan, no dia 13 de novembro de 2016. A suspeita é de que ele tenha sido vítima de excessos cometidos pela tenente durante o treinamento na água. Além da Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros instaurou procedimento para apurar administrativamente o caso. 


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Em depoimento prestado em novembro, Jane Patrícia Lima Claro, mãe de Rodrigo confirmou os relatos do filho com relação a uma postura mais rígida da Tenente Isadora Ledur. Ao Olhar Direto, ela disse recentemente acreditar que a militar tenha cometido excessos, mas que não a condenará sem que o caso seja esclarecido pela corregedoria da instituição ou pela Polícia Civil, onde dois inquéritos são apurados. Ela e o marido foram ouvidos pelas duas instituições no sábado.

“Muitas coisas eu só soube agora. O Rodrigo era muito calado, então ele me poupou de saber desses problemas com os treinamentos. Hoje por exemplo que fui saber dos tais “caldos” pelos quais os alunos passam. Não estou afirmando que a tenente seja responsável pelo que aconteceu, não estávamos lá. Por isso queremos que tudo seja esclarecido. Mesmo que demore, que seja bem-feito, pra que não haja injustiça para nenhuma das partes”, comentou à época.

Para Jane, os excessos cometidos, devem ser traduzidos em tortura considerando que o jovem pediu "pelo amor de Deus" para que os exageros acabassem. Aos familiares, o jovem também chegou a encaminhar mensagens onde relatou o temor do curso prático de formação. 

Ela também cobra um posicionamento do Comando do Corpo de Bombeiros que deveria ter sido mais diligente ao realizar um treinamento sem uma estrutura adequada. "Se a ambulância estivesse no local ele, talvez, tivesse uma chance e estivesse aqui comemorando essa data {Natal}", desabafou.

O caso 

Rodrigo ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e faleceu por volta de 1h40 da quarta-feira (16). Ele teria sido dispensado no final do treinamento, após reclamar de dores na cabeça e exaustão. O Corpo de Bombeiros informou que já no Batalhão ele teria e queixado das dores e foi levado para a policlínica em frente à instituição.

Ali, sofreu duas convulsões e foi encaminhado em estado crítico ao Jardim Cuiabá, onde permaneceu internado em coma. O corpo de Rodrigo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, mas análise preliminares não apontaram a real causa da morte e por isso exames complementares serão realizados, de acordo com a perícia criminal.
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