“Desde ontem minha filha está agitada, agressiva, não quer mamar. Só quer ficar comigo, acho é porque não tem mais confiança de ir com os outros”. É assim que Luzia da Silva Omena descreve o comportamento da filha, K.S.O., após as agressões sofridas em uma creche particular em Rondonópolis (215 km de Cuiabá).
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A mulher, que atua como auxiliar de limpeza, foi chamada à instituição no meio da tarde de segunda-feira (30), em decorrência de uma mordida que a menina, de apenas 11 meses, teria levado. Na ligação, funcionárias da creche afirmaram que a bebê havia sido mordida por um aluno um pouco mais velho, de um ano e três meses.
“Eu estava no trabalho quando me ligaram, já fiquei preocupada. Quando cheguei ela estava dormindo e vi os machucados. Na hora fiquei desesperada, praticamente sem reação, então liguei pro meu marido, que foi até lá e chamou a Polícia”, contou em entrevista ao
Olhar Direto.
De acordo com ela, a situação foi levada ao Conselho Tutelar da cidade, onde a orientaram a levar o bebê ao Pronto Atendimento Infantil. Com arranhões e marcas por todo corpo e rosto, a menina ficou internada em observação, tendo sido liberada por volta de 10h da manhã desta terça-feira (31).
Um boletim de ocorrência foi registrado na ocasião e agora a família aguarda pelo resultado das investigações, conduzidas pela delegada Lígia Silveira, da Delegacia da Mulher. A creche, que teria oferecido suporte à família por meio de uma mensagem no Whatsapp, está com os telefones ocupados e não retornou as ligações da reportagem.
Assustada com a situação, a mãe afirma que a criança não voltará para o local e que não pretende deixá-la em outra instituição por enquanto. “Agora acho que ela só vai voltar quando conseguir falar, porque aí ela pode relatar pra gente se tiver algum problema”, explica.
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