O secretario de Infraestrutura (Sinfra), Marcelo Duarte, fez uma defesa do governo Pedro Taques (PSDB) durante a cerimônia de assinatura da ordem de serviço – para o início das obras da duplicação da rodovia MT-010 (Estrada da Guia). Duarte iniciou seu discurso dizendo que a “musica que toca no governo, agora é outra”. A declaração dada na tarde desta quarta-feira (1º) tratava sobre a tentativa de suborno do lobista C.E.L.H, que tentou oferecer dinheiro para servidores público em troca de obter vantagens indevidas.
Lobista acusado de ofertar propina de R$ 100 mil a servidores é preso em ação conjunta
O secretario reiterou sua homenagem aos servidores que denunciaram o lobista e rendeu seus agradecimentos a eles. Além disso, em tom de desabafo Marcelo explicou que a imensa maioria dos servidores de Mato Grosso sonham com um Estado ético e sério. “Nós do governo só temos a agradecer essas pessoas, que colocaram a ‘cara a tapa’ em prol da ética e da justiça. Aqui a música tocada na nossa administração é outra. Isso mostra que estamos no caminho certo. Nós já havíamos mapeado, mas só conseguimos encontrar esse caso graças a colaboração dos nossos servidores”, disse.
“Esse exemplo dado por esse grupo de servidores merece nosso inteiro louvor e aplausos. Uma pessoa ofereceu propina em várias ocasiões no intuito de obter facilidade na secretaria, mas nenhum dos casos a propina foi aceita. Isso muito me orgulha. Ser secretario de pessoas tão integras e sérias”, pontuou o secretario da Sinfra.
O caso
De acordo com assessoria do Governo do Estado, o lobista, C.E.L.H, ofereceu dinheiro a vários servidores da Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra) para obter vantagens para as empresas representadas, tais como liberação de pagamentos sub júdice e cancelamento de rescisão contratual unilateral, entre outros. Ele teria ofertado a funcionários a quantia de R$ 100 mil para que processos fossem agilizados.
A partir da denúncia dos próprios servidores, o secretário Marcelo Duarte acionou o Gabinete de Combate à Corrupção e a Delegacia Fazendária, que investigaram o caso em conjunto, reunindo várias provas da ação do lobista, como abordagens feitas pessoalmente e também pelo aplicativo WhatsApp. Ele tentava marcar encontros fora da secretaria e chegou a ir à residência de um dos servidores. Apesar da insistência e dos altos valores oferecidos, nenhum dos servidores abordados aceitou as propinas oferecidas.
