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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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“Não conseguimos nem metade do dinheiro que fazíamos”, avalia taxista após chegada do Uber; fotos

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

“Não conseguimos nem metade do dinheiro que fazíamos”, avalia taxista após chegada do Uber;  fotos
“Não conseguimos nem metade do dinheiro que fazíamos aqui”. A avaliação é do taxista Zaqueu Gabriel da Silva, de 70 anos, que trabalha há seis anos com o transporte de passageiros. O aposentado comenta que após a chegada do Uber, o movimento no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), caiu muito: “Eles pegam os passageiros na nossa cara e não podemos fazer nada”.


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“Caiu bastante o movimento. Fazemos uma corrida meio dia e a outro só quatro da tarde. Até a Copa do Mundo, nós trabalhamos bastante, mas depois começou a cair. Com a chegada do Uber, fracassou ainda mais”, explicou o taxista em entrevista ao Olhar Direto. Durante o período de uma hora que a reportagem ficou no local, a fila de táxis permaneceu do mesmo jeito, sem nenhum cliente utilizar o serviço.
 
Zaqueu entende que “todo mundo precisa trabalhar, mas você tem todo o gasto com o seu carro, com alvará e tudo mais. Depois, vem uma empresa que não paga nada, é placa branca. Para carregar passageiro, tem que ser placa vermelha. Eles pegam o passageiro na nossa cara e não podemos falar nada. Prejudicou muito”.
 
Sobre a fiscalização da prefeitura, que prometeu multas os motoristas do Uber e Yet Go, ele disse que ficou apenas no papel: “A turma está achando que a prefeitura não está fazendo nada por enquanto. Eu não vejo fiscalização alguma por aqui. Nem de dia, nem de noite. O dinheiro que fazíamos em 48 horas, não fazemos a metade agora. Eu sou aposentado, fazemos uns bicos para não ficar parado. Mas é complicado, caiu muito o movimento”.
 
A opinião é a mesma de outros taxistas, que preferiram não se identificar. Eles comentaram que a fiscalização pouco tem funcionado na região. Vale lembrar que a prefeitura Lucimar Sacre Campos (DEM) proibiu a atuação do Uber e Yet Go, em Várzea Grande, o que parece não ter acontecido.
 
O secretário municipal de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana, Breno Gomes, informou ao Olhar Direto que a fiscalização contra a atuação de “serviços clandestinos” continua em Várzea Grande: “Nossos ficais de trânsito estão atuando, principalmente na região do aeroporto, onde temos a maior concentração”.

Dica

Um cartaz, colocado no local onde ficam os taxistas e clicado pelo repórter fotográfico do Olhar Direto, Rogério Florentino, mostra algumas dicas aos motoristas. Entre os tópicos apontados, estão: seu carro está limpo?; como está sua aparência?; evite assuntos polêmicos; demonstre gentileza, entre outros.


 
Tensão
 
Uma confusão, entre um motorista do Uber e um taxista, terminou no Cisc Planalto, na noite do dia 05 de janeiro, em Cuiabá. Segundo as informações iniciais, os dois teriam discutido e o taxista teria pegado o celular do rapaz. A Polícia Militar foi acionada e encaminhou as partes até a delegacia. O fato foi registrado em frente ao Shopping Três Américas.
 
No dia 12 de janeiro deste ano, o motorista do Uber, Diego de Oliveira Rodrigues, teve o carro danificado e foi perseguido por taxistas, no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá). O rapaz contou com exclusividade à reportagem do Olhar Direto que teve de fugir do local e por pouco não se envolveu em um acidente na avenida João Ponce de Arruda. Ao todo, eram cerca de 10 taxistas cercaram o veículo.
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