Dirigentes do PMDB, PR, PDT, PT, PCdoB, PTB, e pelo menos mais seis partidos se reúnem, na próxima segunda-feira (12), para avaliar a conjuntura política e discutir os rumos possíveis para as eleições de 2018. O anúncio partiu do presidente regional do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, ao revelar que alguns nomes podem ser colocados por cada legenda como pré-candidato ao governo de Mato Grosso, entre os quais o senador Wellington Fagundes (PR), o deputado federal Ságuas Moraes e o conselheiro Antônio Joaquim Neto, presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), entre outros.

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Carlos Bezerra entende ser possível repetir para a disputa do governo, Senado da República, Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa de Mato Grosso, em 2018, a mesma coligação que saiu vitoriosa na batalha pela Prefeitura de Cuiabá, em 2016. Ele se refere ao embate em que o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) bateu o candidato governista, deputado Wilson Santos (PSDB), num segundo turno disputadíssimo, em que os ataques deram o tom da reta final.
 
A principal dúvida é quanto à participação do PP, do ministro da Agricultura, senador licenciado Blairo Maggi (PP). Isso porque, nos últimos dias, Maggi e o presidente da Executiva Regional do PP, deputado federal Ezequiel Fonseca, além do ministro interino Eumar Novacki, conversaram com o governador José Pedro Taques (PSDB). Todavia, o próprio Blairo sugeriu que o Partido Progressista não indicasse ninguém para ocupar cargos.  
 
“Trata-se de um encontro para debater rumos e não colocar nomes. Mas, de fato, o doutor Antônio Joaquim pode, sim, ser o candidato do PMDB ao governo do Estado, em 2018”, argumentou o presidente do PMDB. “Em política, não se diz que ‘desta água não beberei’, porque tudo é possível”, justificou Bezerra, após participar de evento na presidência do TCE, ao lado do prefeito Emanuel Pinheiro e do presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga.
 
Carlos Bezerra revelou que existem setores da aliança governista, em nível nacional, que já defendem a reeleição do presidente Michel Temer (PMDB). Quando assumiu, num processo traumático de substituição à presidente cassada Dilma Rousseff (PT), que sofreu impeachment, Temer prometeu que terminaria o mandato tampão, sem se preocupar com reeleição. A avaliação de Bezerra é de que, se Temer estiver na briga pela Presidência, novamente, qualquer candidato do PMDB passa a ter chances reais de vitória, para cargos majoritários em Mato Grosso e outros estados.