O caso da mulher grávida que teria sido vítima de um sequestro e obrigada a dar a luz em cativeiro passa a ser investigado pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). Identificada como C.A.A, ela alega que o recém nascido foi roubado por um trio que a abordou na Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis (215 km de Cuiabá). Encontrada pela Polícia Militar (PM) na madrugada desta quarta-feira (15), na Capital, a vítima se recusou a passar pelo exame de corpo de delito, uma vez que só havia profissionais homens no Instituto Médico Legal (IML) no período.
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De acordo com o delegado responsável pela investigação, Diogo Santana, os procedimentos foram realizados nesta manhã. Ao
Olhar Direto ele explicou que, na seqüência, a mulher e sua irmã serão ouvidas por ele. “Ela afirma que a criança foi roubada, mas ainda não temos como confirmar nada porque a investigação acabou de começar. Ela ainda não foi ouvida. A partir dos depoimentos é que vamos começar a entender se houve um aborto, se o bebê foi roubado ou se existe alguma relação do caso com tráfico de crianças.”
Por meio da assessoria de imprensa, a Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis informou que não há registros em nome da vítima na maternidade. Além disso, nenhuma criança nascida em parto domiciliar deu entrada na unidade no período. De acordo com o relato da vítima à Polícia Militar (PM), no entanto, na última semana seu marido havia a deixado na unidade hospitalar, onde os procedimentos para o parto já estavam marcados.
Lá, uma mulher loira e de boa aparência se apresentou como Laura e começou a conversar com ela, passando a fazer perguntas sobre a gestação, o sexo do bebê e se o nascimento ocorreria pelo modo tradicional ou por cesariana. Na sequencia, um casal supostamente conhecido por Laura se juntou às duas.Depois de alguns minutos o homem ofereceu água às mulheres e disse que iria até o bebedouro buscar.
Depois de ingerir, a grávida passou a se sentir sonolenta, tendo avisado a Laura que não se sentia muito bem. Ela relatou ainda que, na sequencia, o trio a levou para o banco de trás de um carro modelo Dobló e que acordou em frente a uma casa em um local desconhecido. Em um dos quartos do casa ela constatou que havia equipamento médico e foi colocada em uma maca.Ali o parto normal foi induzido e, sob ameaças, C.A.A., foi obrigada a ligar para seu marido dizendo que seria transferida para Cuiabá em decorrência de complicações.
Segundo o boletim de ocorrência nº 201754272 ela foi deixada em frente ao Supermercado Assaí na segunda-feira (6), tendo conseguido ligar para seu marido na terça-feira (7), quando ele se deslocou para a Capital junto a uma irmã da vítima e acionou a polícia.
.jpg "Mulher que teria dado a luz em cativeiro será ouvida pelo GCCO")
