Dirigentes de 13 partidos participaram de reunião-almoço, nesta sexta-feira (17), no Diretório Regional do PSDB, para hipotecar respaldo político à gestão e manifestar apoio à possível candidatura à reeleição do governador José Pedro Taques (PSDB), em 2018. Coube ao próprio Taques colocar “panos quentes” na empolgação dos aliados e pedir que o tema reeleição seja discutido apenas no próximo ano, antes das convenções.
Das agremiações que participaram da coligação vitoriosa, em 2014, somente o Partido Progressista não esteve representado. Desde os gigantes, como PSDB, PSD e PSB, até os emergentes – que não desejam mais serem chamados de nanicos – como PMN e PEN, todos manifestaram apoio para que seja iniciado neste ano o trabalho de um projeto para assegurar uma ampla aliança para a reeleição de Pedro Taques.
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“Eu vou discutir 2018, somente antes das eleições de 2018. Não vamos antecipar debate, por isso 2018 se discute em 2018”, afirmou Pedro Taques, para a reportagem do
Olhar Direto, à saída da reunião, no PSDB.
“Eu quero agradecer a presença de todos, na pessoa do deputado Fábio Garcia, presidente do PSB. Pudemos discutimos o cenário político atual e, também, o cenário do governo do Estado”, citou ele. “Fizeram críticas construtivas e nos mostraram o que precisa ser melhorado”, argumentou Taques.
Pedro Taques disse que mostrou aos partidos o mesmo que irá tratar com a sociedade, diante das possíveis medidas impopulares a serem adotadas: falando a verdade. “Sim, temos que falar a verdade para a população. Explicar tudo para a sociedade. Quem quer irresponsabilidade, não está deste lado daqui”, esclareceu Taques, se referindo ao teto-limite de gastos com pessoal, reforma da Previdência de Mato Grosso, congelamento da Revisão Geral Anual (RGA) e reforma administrativa, entre outras.
O presidente do PSDB, deputado federal Nilson Leitão, entende que o passivo de reuniões será superado, com a realização de uma por mês até agosto de 2018. “Estamos resolvendo a falta de reuniões [do passado], de poder falar com o governo. Faz parte do cotidiano e do sentido político de falar um e outro partido. É natural que PSDB, DEM, PSB e PSD tenham maior facilidade de dialogar, pois estão aqui [imediações do Palácio Paiaugás] todos os dias, bem próximos do governo”, avaliou Leitão.
“A reunião foi muito positiva e ficou claro que todos estão imbuídos de estar no grupo, de permanecer neste grupo e de abrir a porta para outros que ficaram lá atrás”, observou ele.
Para o presidente tucano, Taques deve disputar a reeleição. “É o nosso candidato a natural à reeleição: o governador Pedro Taques. Nós temos candidato! O problema não é ele dizer sim. O problema é dizer não [em 2018]. Temos a tranqüilidade de possuir candidato natural. Agora, ele, querendo, é o candidato natural do grupo representado por 14 partidos e, talvez, pode chegar até 20 partidos”, justificou Leitão.
O presidente do PSB, deputado federal Fábio Garcia, afirmou que a prioridade é fazer um bom governo, para chegar com musculatura numa eventual campanha à reeleição de Taques. “A prioridade do nosso grupo político é fazer um bom governo. Discutimos como aproveitar a oportunidade que o povo mato-grossense nos deu. Temos a oportunidade para resolver muitos problemas de Mato Grosso”, afirmou Fábio Garcia.
Participaram da reunião dirigentes de PSDB, PSD, PSB, DEM, SD, PPS, PRB, PMN, PEN, PSDC, PSC, PRTB e PV. Dos partidos da coligação Coragem e Atitude para Mudar, que elegeu Taques em 2014, somente o PP não compareceu.
