Com base no velho adágio popular, de que água mole em pedra dura, tanto bate até que
fura, o governo de Mato Grosso deve conseguir viabilizar o Programa Transporte e Infraestrutura em Logística (Pro-Inf), no valor de US$ 220 milhões (quase R$ 600 milhões), junto ao Banco de Interamericano de Desenvolvimento (BID), com perspectiva de assinatura do contrato até o final deste ano.
“A busca do financiamento está andando de vento em popa. E, neste ano, creio que vamos assinar este contrato. São quase R$ 600 milhões para continuar revolucionando a infraestrutura de Mato Grosso”, afirmou o Marcelo Duarte Monteiro, de Estado de Infraestrutura e Logística.
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Marcelo Duarte recebeu o comunicado de que o pleito do governador José Pedro Taques (PSDB) foi acatado pelo governo federal. Responsável pelo endividamento dos estados, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) autoriza o governo de Mato Grosso estreitar as tratativas com o BID.
O valor pode ser ampliado ou reduzido, dependendo da variação do dólar e, também, da autorização do Senado da República. A primeira solicitação de Mato Grosso era US$ 400 milhões, em conjunto com o governo de Mato Grosso, mas a STN reduziu. Isso porque Mato Grosso do Sul não tem capacidade de captação financeira.
As conversações foram iniciadas há cerca de 20 anos, no final da década de 1990, pelo então governador Dante Martins de Oliveira (PSDB), falecido em 2006. Pedro Taques decidiu procurar o Banco Interamericano de Desenvolvimento, em Washington (EUA), para retomar as conversações. O projeto BID Pantanal se encontra paralisado desde 2003 e Taques convocou um especialista no tema, secretário Guilherme Müller, para contribuir com a condução do busca pela verba internacional. Muller também integrou a gestão Dante.
Além da carência ser maior, o dinheiro do exterior é ‘mais barato’, com juros bem menores que os praticados pelo sistema bancário, no mercado interno. As potencialidades econômicas e turísticas de Mato Grosso foram apresentadas pelo governador, na reunião do BID, como trunfo para convencer sobre a viabilidade do investimento.
“Nós sabemos que existe dificuldade no aval da União, mas há o interesse do BID em nos ajudar neste projeto, na concretização desse desafio. O componente social e geográfico de Mato Grosso é muito forte”, afirmou chefe do Poder Executivo, na época.
