Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto
Equipe do Olhar Direto visitou a localidade por duas vezes em 2016 e constatou a 'corrida' contra o tempo pelo metal
Pela quarta vez, um período de 18 meses, garimpeiros invadiram a região conhecida como Serra da Borda no município de Pontes e Lacerda (a 443 Km de Cuiabá). De acordo com informações da Polícia Civil, a estimativa é de mil pessoas já estejam atuando na exploração do ouro e o número de invasores é ampliado diariamente.
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A 'mais recente' invasão inicou-se há cerca de dez dias, mas até o momento não houve registros de violência no município em decorrência da exploração da área. Depois da última desocupação organizada por uma força-tarefa com agentes da Polícia Rodoviária e Polícia Federal, em janeiro deste ano, os exploradores desceram a serra e aguardaram a retirada das forças policiais da cidade. Na época, trabalho de investigação da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso apontou que criminosos estavam na região e, fortemente, armados.
Por enquanto, tanto a Polícia Militar quanto a Polícia Civil aguardam uma determinação superior para desocupar o local. A expectativa é de que a Serra da Borda não seja desocupada até que as forças de segurança consigam traçar um plano para impedir novas invasões.
Neste ano, o Ministério Público Estadual (MPE) e o Governo do Estado fizeram um pedido do Governo Federal para enviar o Exército e a Força Nacional de Segurança ao município.
O garimpo na região, que ficou conhecida em setembro de 2015 como a 'Serra Pelada de MT' atraiu milhares de pessoas de todo o país dando início a uma verdadeira corrida pelo metal. Desde então o local é alvo de ocupações de garimpeiros que insistem na exploração, declarada como ilegal. Para impedí-los, forças de Segurança estiveram mobilizadas na Serra por meses, sendo retirada em março de 2016. Desde então, outras três ocupações foram registradas. No auge da ocupação, o local chegou a ter oito mil pessoas dedicadas direta ou indiretamente à exploração ilegal do ouro.
A exploração na região depende do licenciamento de órgãos ambientais e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
