Continua rendendo teses e antíteses dentro das diferentes correntes internas do Partido Progressista o comportamento do presidente da Executiva Regional, deputado federal Ezequiel Fonseca, por ter participado da reunião promovida pelos partidos de oposição. Ezequiel reclamou publicamente do governo e afiançou que diretório do PP não possui nenhum cargo no staff.
 
Considerado um dos principais líderes do PP, o rei da soja Eraí Maggi Scheffer tratou o caso com naturalidade e defendeu a permanência da legenda no arco de alianças do governador José Pedro Taques (PSDB), inclusive para 2018. “Ezequiel é parceiro nosso. Está tudo certo. Tem que chorar quando precisa. Só uma choradinha para mamar”, afirmou ele, para a reportagem do Olhar Direto, sobre a cobrança por cargos no governo de Mato Grosso.

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Maggi Scheffer é primo do ministro da Agricultura, senador Blairo Maggi (PP), que deve ser candidato à reeleição para o Senado.
  
“Ezequiel falou algumas coisas que achava que precisava. Hoje o PP faz parte do governo; estamos juntos. E, em 2018, vai estar junto [com Pedro Taques]. Está indo tudo bem as coisas. Não vejo porque não [continuar junto]”, argumentou Eraí Maggi, ao participar de evento da Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato), no Cenarium Rural.
 
No entanto, o secretário geral do PP, Euzébio Diniz, pensa diferente e acusa o rei da soja de ser beneficiado pelo governo. “Eraí diz que está tudo bem porque está mamando no governo. Indicou o vice-governador [Carlos] Fávaro, na chapa majoritária [em 2014]. Ele é quem mama, no governo”, criticou o dirigente progressista.
 
Euzébio Diniz assegurou que, organicamente, o PP não possui nenhum nome indicado, no governo Taques. “Nunca formos chamados pelo governo para discutir nada. Então, creio que o presidente Ezequiel está conduzindo o partido no rumo certo”, justificou o secretário geral. Euzébio Diniz foi diretor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) no governo Blairo Maggi e, em 2014, participou da coordenação da campanha de Taques.