O vereador Abílio Brunini Júnior (PSC) está descontente com os colegas da Câmara de Cuiabá. Após descobrir que foi taxado como “bobo da corte” por outro vereador, apesar de não saber por quem, ele subiu na Tribuna da Casa de Leis para defender a própria atuação e cobrar mais respeito. No entanto, a situação incomodou alguns pares e suscitou críticas.
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“Pela minha atuação, até mesmo ameaça a gente sofre. Para chegar um vereador ou alguma outra pessoa, chegar lá e dar uma opinião de que a gente é um bobo da corte? Então eu achei muito desrespeitoso com a minha atuação. Principalmente porque tenho andado todos os dias, sábado domingo, trabalhado como vereador”, argumentou Abílio.
“O senhor não é o único que trabalha aqui. Todos aqui somos vereadores e trabalhamos”, rebateu Adevair Cabral (SDB). “Isso não é assunto para se discutir desse jeito, na Tribuna. E se recebeu ameaça isso é um assunto de polícia, não da tribuna”, asseverou Renivaldo Nascimento (PSDB), pouco antes do presidente da Mesa Diretora, Justino Malheiros (PV), dar seguimento a sessão para encerrar o assunto.
(Imagem usada por Abílio quando se considerou censurado pelo TRE durante campanha eleitoral)
Para Abílio, no entanto, isso acontece porque ele trouxe um novo paradigma à Câmara de Vereadores. O vereador do PSC, de primeiro mandato, afira que a mesma divulgação que se faz da campanha eleitoral é preciso fazer dos trabalhos diários. Seria uma forma de dar transparência do trabalho do vereador.
Assim, ele já apareceu em vídeos nos quais quebra a parede do próprio gabinete, rasga ingressos recebidos para um camarote no carnaval, andando de ônibus, em reuniões, na tribuna e em outras situações. Já foi acusado de ser populista e “jogar para a platéia” por outros vereadores. No entanto, Abílio classifica sua atuação de forma diferente.
“Ser populista é fazer o que o povo quer mesmo que não seja bom. No meu caso não, eu acho que é popular. Pego tudo que eu faço, sendo bom ou ruim, e posto na internet. Tem avaliação crítica positiva e crítica negativa. Se populista, talvez eu não faria aquilo que mais me traria crítica. Mas não, estou sendo transparente e postando tudo”, justificou o parlamentar do PSC.
“Estou atuando para o povo. Se alguém interpreta o povo como platéia, então a gente trabalha para ela (platéia). O povo nem sempre acessa o site da Câmara, nem sempre assiste um plenário da Câmara, nem sempre nos acompanha de maneira direta. Então nossas atuações tem sido para as redes sociais, para que o eleitor possa ver, possa acompanhar”, concluiu.
