A juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Rosane Arruda, evitou comentar ao Olhar Jurídico a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em mantê-la à frente das ações penais da Sodoma, em votação concluída em 3X1 nesta quinta-feira (09). A postura casa com o que fora manifestado pelo ministro Neffi Cordeiro, no sentido de que a magistrada “dê uma segurada” na exposição midiática, sob pena de comprometer-se como autoridade julgadora. Em sua decisão, Cordeiro lembra o caso de um colega submetido à suspeição. “Um juiz que por meio do Facebook começou a se manifestar sobre um processo que estava em andamento. Aí não está prevista uma situação legal, mas se configura um claro comprometimento da imparcialidade”. Fica a dica. Para a Justiça é interessante um magistrado retilíneo, burocrático e sem tato. Para o público, ruim, perde a possibilidade ouvir, conhecer e compreender o que pensa e como age um magistrado, sobretudo Selma, que julga algo que é de interesse público: desvio de dinheiro...público.
