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Protesto reúne mil pessoas e sindicalista afirma: "aprovar reforma é rasgar a Constituição"

15 Mar 2017 - 17:51

Da Redação - Naiara Leonor / Da reportagem local - Lázaro Thor Borges

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Protesto reúne mil pessoas e sindicalista afirma:
Cerca de mil pessoas, de acordo com os organizadores, marcharam pelas principais avenidas da região central de  Cuiabá em adesão ao movimento "greve geral contra o desmonte da Previdência". O ato nacional foi organizado em Cuiabá pelos trabalhadores da educação de Mato Grosso. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais da Carreira dos Profissionais do Desenvovimento Econômico e Social (Sindes), Adolfo Grassi diz que o objetivo do ato é chamar a atenção dos parlamentares para conseguir reverter a situação politicamente.


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“No meu entender,  sou advogado, o Congresso tem um poder derivado, eles não tem o poder constituinte total, quer dizer rasgar aquilo que eles mesmos escreveram que não poderia mudar”, disse o presidente do Sindes/MT, Adolfo Grassi.

Em passeata os manifestantes se concentraram na Praça Ipiranga às 15h e subiram a Prainha em direção a Avenida Getúlio Vargas, dando a volta no quarteirão e retornando a Praça Ipiranga.



O presidente do Sindes/MT, Adolfo Grassi se mostrou satisfeito com o número de pessoas mobilizadas para o ato, apesar do receio dos servidores públicos que, segundo ele, “ameaçou” descontar o ponto de quem comparecesse a manifestação.

“Nós mobilizamos um numero considerável. Inclusive o Governo Pedro Taques está ameaçando as pessoas de saírem do trabalho, descontar ponto. Mesmo diante de todas essas ameaças e dificuldades que a gente está tendo, noticia de que o Supremo Tribunal Federal pode descontar ponto do servidor, isso ai amedronta o servidor, mesmo assim a praça preencheu toda”.

Adolfo contou a reportagem do Olhar Direto que representantes de 33 sindicatos estavam presentes no ato desta tarde de quarta-feira em Cuiabá. Como advogado, ele contesta o voto favorável dos parlamentares a reforma da previdência por se tratar de uma decisão inconstitucional.

"Então isso pra nós nos deixa decepcionados porque o congresso tem poder derivado, ao nosso ver a gente entende que o congresso não tem essa legitimidade, porque com uma clausula que mesmo estando escrita fora do artigo 15 da Constituição é uma clausula petra da Constituição, porque o direito da seguridade social é uma garantia constitucional, garantia individual do cidadão brasileiro, embora esteja escrita no artigo 195 e seguintes”.



O representante sindical ainda destaca o retrocesso da medida para a conquista de direitos do cidadão brasileiro. “O governo não trouxe motivos justos para que ela [reforma da previdência] aconteça. Pelo que temos noticia ele não consultou o conselho da previdência, que é uma exigência e esta sendo objeto de uma ação no STF, e diante de todo esse quadro ele apresenta uma reforma que simplesmente caça, acaba, termina com todos os direitos adquiridos de toda a história do povo brasileiro, do povo da classe trabalhadora brasileira”.

“Estamos esperançosos de que este ato venha fazer com que nossos parlamentares venham a votar contra a reforma. No senado temos 30 votos, se nós conseguirmos 42 votos no senado nós conseguimos enterrar essa reforma”, finaliza Adolfo.

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