O enfermeiro Luiz Otávio Silva, de 25 anos, será indiciado por assassinato quadruplamente qualificado (por feminicídio, emprego de meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e por motivo fútil). Silva sufucou, agrediu e esfaqueou sua então namorada, a estudante de Direito, Ivone Oliveira Gomes. A informação foi confirmada pela delegada Juliana Chiquito Palhares, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A estudante de Direito foi morta dentro de sua casa, no bairro Osmar Cabral, em Cuiabá, na data de 15 de março.
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Ao
Olhar Direto, a delegada Juliana declarou que inicialmente no ato da prisão de Silva {no dia seguinte ao crime} constatou-se a presença de duas qualificadoras para o crime, porém após o depoimento de Edson, outras duas foram constatadas: o emprego de meio cruel e a impossibilidade de defesa da vítima.
Palhares afirmou ainda que irá encaminhar à Justiça na próxima quinta-feira, 23, o inquérito para avaliação e acusação formal (denúncia) do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE).
Em depoimento horas após confessar o crime, o enfermeiro detalhou sua ação criminosa."Eu só peguei a faca quando percebi que a pressão arterial dela estava diminuindo, doutora. Eu levantei e verifiquei que o pulso dela estava fraco. Fui até a lavanderia e peguei a faca que estava com o cabo solto”, relatou.
Apesar de todo este procedimento, Luiz Otávio não conseguiu desacordar a vítima e teve de socar a cabeça de Ivone contra parede. “Peguei a cabeça dela e lancei a parede, fui informado pelo investigador que ocorreu um trauma cranioencefálico, quebrou a cabeça dela”, explica o assassino. Depois disso, segundo enfermeiro, é que se iniciaram as facadas na estudante.
“Até o momento dela possivelmente perder a lucidez eu percebi, fui e peguei a faca, retornei e furei na região da carótida, que é uma veia que vai até a cava do coração. Eu contei cinco segundos e vi que deu hemorragia interna nela, o coração parou e essa mesma faca que eu deixei na região da traquéia entortou”, explicou. A faca utilizada pelo enfermeiro foi encontrada no local do crime e apresentada pela delegada durante a inquisição. Luiz confirmou que utilizou o objeto para matar a jovem.
Para a polícia, o jovem não mencionou o que teria motivado o crime e disse que era muito apaixonado pela vítima, com quem se relacionava há quatro meses.