A mais recente "lista suja" do trabalho escravo divulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego aponta que o Estado tem seis fazendas na relação. Conforme dados do Governo Federal, 40 trabalhadores foram resgatados de situações de extrema precariedade. Em todo o país, foram contabilizados 68 empregadores.
A lista foi divulgada após um intervalo de dois anos e figura, entre os nomes dos proprietários de áreas, o do advogado e pecuarista Luiz Alfredo Feresin de Abreu,que é irmão da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO). Pela listagem na área pertencente a ele, em Vila Rica, foram encontrados cinco trabalhadores.
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Três dos casos apontados remontam ao ano de 2014, em Feliz Natal, Matupá e Itanhangá. Outros três são de 2016, registrados em Sorriso, Vila Rica e Paranatinga.
A análise dos dados aponta que as fazendas inseridas no cadastro atuam em atividades de carvoaria, criação de gado, garimpo e cultivo de soja.
A mais recente publicação foi divulgada na quinta-feira, 23, após dois anos de suspensão e após intensa batalha jurídica com decisão do ministro Alberto Bresciani, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que derrubou a liminar que obrigava a União a publicar o cadastro de empresas autuadas pelo governo por submeter seus empregados a condições análogas à escravidão.
Confira os dados de empregadores de Mato Grosso e ano de inserção:
1) Clayton Grassioto
Gleba Lote 313b
Feliz Natal
8 trabalhadores
12/09/2014
2) JM Armazéns Gerais Ltda
Fazenda Colorado
Sorriso
4 trabalhadores
9/5/2016
3) Absolvido
4) Luiz Alfredo Feresin de Abreu
Fazendas Taiaçu, Roma e São Lucas
Vila Rica
5 trabalhadores
26/7/2016
5) Pedro Gomes Filho
Fazenda União III
Paranatinga
1 trabalhador
6) Terra Viva Carvão e Reflorestamento
Fazenda Alan
Itanhangá
7 trabalhadores
9/10/2014
Absolvido
O fazendeiro João FIdelis Neto, da Fazenda Boa Esperança em Matupá, foi absolvido das acusações, na Justiça Federal.
Atualizada em 11/09/2019.