A deputada estadual Janaína Riva (PMDB) afirmou nesta terça-feira (04) que manterá silêncio sobre as denúncias feitas pelo pai, José Geraldo Riva, de que pelo menos 33 deputados e ex-deputados receberam “mensalinho” para apoiar o Governo do Estado em diferentes gestões estaduais. Ela também acredita na capacidade dos colegas de Assembleia Legislativa separar a imagem dela da do pai.

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“Não vou comentar para não me envolver nessa situação que diz respeito somente ao meu pai e aos citados no depoimento. Tenho certeza que os deputados saberão separar as coisas e eu não sofrerei nenhum tipo de animosidade dentro da Casa”, pontuou a parlamentar.

Entre os citados por José Geraldo Riva, na sexta-feira (31), perante a juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal, em audiência relativa a Operação Imperador, estão 8 parlamentares com mandato: Adalto de Freitas (SD), Gilmar Fabris (PSD), Guilherme Maluf (PSDB), José Domingos Fraga (PSD), Mauro Savi (PSB), Sebastião Rezende (PSC) e Wagner Ramos (PSD).

Agora, segundo a deputada, cabe à Justiça analisar tudo que foi dito por José Riva. “Minha relação com meus colegas não muda em nada. Assim como eles conviveram com meu pai, hoje consegui me colocar como deputada e mostrar que uma pessoa é diferente da outra”, completou.

Recentemente, Janaína Riva havia requerido a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar desvios nos últimos 20 anos da Assembleia Legislativa, período em que o próprio pai se revezava entre os cargos de presidente ou 1º secretário da Casa de Leis. Contudo, ela não conseguiu reunir assinaturas suficientes para dar abertura a CPI.