O secretário de Segurança Pública (Sesp), Rogers Jarbas, comentou sobre a morte de policiais militares aposentados, que ocorreram nas últimas semanas, em Mato Grosso. O titular da pasta crê que não existe relação nas mortes, cita a gravidade dos problemas e garante que pediu à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para priorizar os casos.

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“A Sesp não pode impedir a atuação dos policiais aposentados de forma privada, ela é lícita. Há uma preocupação por conta destas mortes, porque são profissionais que passaram uma carreira defendendo a sociedade. A vulnerabilidade deles é maior, não tem o sistema de segurança pública como suporte, uma comunicação por rádio, apoio de outro profissional”, comentou o secretário.
 
Porém, mesmo sem poder dar uma retaguarda maior aos aposentados, Jarbas garante que já pediu para que os casos sejam investigados com urgência: “A DHPP está apurando estes casos. Pedi para que houvesse uma priorização nestes casos. Mas a priori, não tem correlação, todos parecem ser individuais, por diversas coisas. A motivação é que irá dizer, através da investigação”.
 
No último dia 05 de março, um sargento da Polícia Militar (PM), identificado como Gilson Santos da Silva, de 45 anos, foi morto a tiros no bairro Jardim Vitória, em Cuiabá, na noite de domingo (5). No local, uma testemunha, que estava no interior de um estabelecimento comercial, informou ter ouvido cinco disparos de arma de fogo. Outros populares foram ouvidos pelas equipes da PM, mas nenhum soube relatar o que havia acontecido.
 
De acordo com informações, o PM estava aposentado desde 2003. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), foi acionado e constatou o óbito. Na sequência, o local foi isolado para a atuação dos profissionais da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) e a situação deverá ser investigada agora pela Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP).
 
Em fevereiro, outro sargento da PM, identificado como Carlos Venério da Silva, foi baleado na cabeça no bairro São Matheus, em Várzea Grande. Ele estava com a esposa e o filho em uma sorveteria, quando dois homens chegaram já atirando. A vítima chegou a ser encaminhada em estado gravíssimo ao Pronto Socorro Municipal da cidade, mas não resistiu aos ferimentos.
 
No dia 16 de abril, o policial militar reformado Argentino José Alves Neto, de 46 anos, e sua esposa, Lilian Greffe Morais, de 37 anos, foram mortos a tiros quando transitavam pela avenida principal do bairro Altos do Parque, em Cuiabá. O crime foi registrado por volta das 21h.
 
De acordo com informações de populares, o casal estava em uma moto quando foi atacadado por dois homens em um outra motocicleta. Os dois foram atingidos com disparos na cabeça e morreram antes que pudessem receber atendimento médico.  Ainda conforme moradores da região, pelo menos cinco disparos foram efetuados.  O homem era aposentado.