A Polícia Judiciária Civil (PJC) identificou um novo caso ligado ao ‘Desafio da Baleia Azul’, em Mato Grosso. Em Sinop (477 km de Cuiabá), uma mãe procurou a delegacia após seu filho contar que a irmã estaria participando do ‘jogo’. A menina teria, inclusive, tentando desenhar uma baleia em seu braço. Ela confessou que está na fase 28.

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Conforme as informações do Só Notícias, a mãe disse ter sido procurado pelo irmão da garota, após ele relatar que a menina estaria participando do desafio. Ela disse que a filha chegou a riscar em seu braço esquerdo um desenho de uma baleia. Depois de perceber o problema, ela seguiu com a vítima até uma clínica particular. Uma conselheira tutelar acompanhou as duas.
 
Após ser atendida pelos médicos, a menina confessou que estava participando do jogo e que já estaria na fase 28. A mulher relatou também que a filha fez mutilações pelo corpo, o que foi confirmado através de fotos que estavam no celular dela. A Polícia Judiciária Civil do município está ciente do caso e conduz as investigações.
 
‘Brincadeira’
 
Em Pontes e Lacerda, um aluno de uma escola pública postou em seu perfil do Facebook que havia entrado no desafio e que daria 30 balas envenenadas para outras crianças. O print da publicação começou a circular e chamou a atenção das autoridades. O Conselho Tutelar ouviu a criança que alegou que tudo não passava de uma brincadeira.
 
Através de nota, a direção da escola confirmou o fato: “A escola vem através desta, esclarecer o fato ocorrido hoje das redes sociais, envolvendo um aluno da mesma. O qual escreveu sobre o jogo baleia azul, diante do fato ocorrido o aluno alega que foi uma brincadeira, porém já estamos tomando as devidas providências cabíveis para esclarecimentos dos fatos”.
 
Em Rondonópolis, na última semana, uma postagem também assustou os moradores. Nela, um suposto participante do ‘jogo’ dizia que seriam entregues balas envenenadas em escolas do município. Conforme a Polícia Civil, assim que a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da cidade tomou conhecimento sobre o fato, equipes deram início a investigação e conseguiram identificar a origem da mensagem.
 
O responsável, um jovem de 18 anos, que é de Rondonópolis, mas mora em outra cidade, disse que compartilhou a informação como alerta à população. Ele poderá responder por contravenção penal, já que conforme a lei provocar alarme ou praticar ato capaz de produzir pânico ou tumulto é crime. A pena pode variar entre 15 dias a seis meses ou pagamento de multa.

Investigação

A Gerência de Combate aos Crimes de Alta Tecnologia (Gecat), ligada a Polícia Judiciária civil, irá dar auxílio para as Delegacias de Polícia de Mato Grosso nas investigações quanto a delitos ligados ao desafio virtual "Baleia Azul". Em Mato Grosso, um grupo fechado na rede social Facebook com mais de 30 mil participantes foi identificado pela Polícia Militar.

Conforme o delegado coordenador da Gecat, Eduardo Augusto de Paula Botelho, a conduta do curador do jogo, pessoa que  conduz a vítima durante as tarefas que deverão ser realizadas, está sujeita à punição prevista no artigo 122 do Código Penal, caso o jogador cumpra o desafio final com êxito ou se da tentativa de suicídio resulte lesão corporal de natureza grave. Caso a vítima desista e venha a sofrer ameaças o autor comete o crime previsto no artigo 147, também do Código Penal.
 
“Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave”, diz o delegado coordenador da Gecat. A detenção é de um a seis meses ou multa em caso de ameaça.

De acordo com a Polícia Judiciária Civil, a população pode repassar informações para a Gecat, que está localizada prédio da Diretoria de Polícia Judiciária Civil, na Avenida Coronel Escolástico, 346, bairro Bandeirantes, Cuiabá, ou poderá entrar em contato pelo telefone (65) 3613-5625.