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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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Segurança inicia nova desocupação na Serra do Caldeirão; 200 pessoas permanecem no local

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Segurança inicia nova desocupação na Serra do Caldeirão; 200 pessoas permanecem no local
As forças de segurança de Mato Grosso iniciam nesta quarta-feira (03) nova desocupação na Serra do Caldeirão, em Pontes e Lacerda (443 km de Cuiabá). O objetivo, segundo o secretário da pasta, Rogers Jarbas é evitar o confronto com as pessoas que estão na região: “Estamos dando publicidade a isto para que os garimpeiros deixem a serra de forma pacífica. Não queremos que seja necessário o uso da força, que estará lá”.


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Conforme as informações da pasta, foi possível observar diversos crimes ambientais que estão sendo cometidos na área. “Será uma ação iminentemente das forças de Segurança Pública do Estado, bem planejada, e com apoio e conhecimento do Ministério Público Estadual e Federal. Nosso objetivo não é o confronto, mas sim mostrar a presença do Estado e combater os crimes ambientais”, reforçou o secretário adjunto de Integração Operacional da Secretaria de Segurança Pública, coronel PM Marcos Cunha.
 
Atualmente, a estimativa é que 200 pessoas estejam atuando no local extraindo minério de forma ilegal. Representantes da cooperativa dos garimpeiros foram orientados pelas forças de segurança a dialogar com os garimpeiros que ainda se encontram na Serra da Borda, para que essas pessoas deixem o local antes da ação policial de desocupação.
 
“A intenção é realizarmos uma ação pacífica, mas se tiver alguém que for encontrado em situação de crime ambiental ou outros delitos, será conduzido à delegacia para as devidas providências”, enfatizou o delegado regional de Pontes e Lacerda, Rafael Scatalon. Equipes das policiais Civil e Militar realizam barreiras e rondas nas principais vias de acesso ao garimpo há mais de uma semana.
 
Conforme as informações do setor de Inteligência da Sesp, as pessoas estão no local extraindo ouro ilegalmente e colocando a própria vida em risco, entrando em buracos estreitos e com risco de desabamento. A estimativa é que, antes das barreiras serem feitas, existiam mais de 1.500 pessoas na área. Porém, muitos começaram a sair de forma espontânea.
 
Além da Polícia Militar e Polícia Civil, também irão participar da ação de desocupação bombeiros militares capacitados para lidar com produtos perigosos, peritos oficiais da Politec especialistas em perícia de crime ambiental, além de policiais do Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron), Força Tática, Rotam, Gerência de Operações Especiais (GOE), Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), os dois últimos da Polícia Civil, e um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) que dará apoio às equipes que estarão em solo.
 
No início de março o Ministério Público Federal em Mato Grosso voltou a pedir à Justiça Federal, para que a União encaminhe a Força Nacional para garantir a segurança do local. Na região, a exploração do ouro depende do licenciamento de órgãos ambientais e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
 
O secretário Rogers Jarbas chegou a ir até Brasília (DF) para tratar sobre o caso e a segurança do local, que é de responsabilidade da União. Porém, a reunião foi cancelada e uma nova data não foi marcada. Em tom de crítica, o chefe da pasta lamentou o ocorrido e garantiu que o Estado irá monitorar a serra até que a situação seja resolvida.
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