Principal entusiasta da retomada das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o deputado Wilson Santos (PSDB) não está medindo esforços para garantir a conclusão do modal. Depois de conseguir destravar a aprovação do relatório da CPI das Obras da Copa na Assembleia Legislativa, o tucano deve retornar ainda esta semana para o comando da Secretaria de Cidades, onde encara outra missão: convencer os Ministérios Públicos Estadual e Federal sobre a viabilidade do trem.

Os principais obstáculos são a homologação do acordo firmado entre o Governo e o Consórcio responsável pela obra, que segue em análise pelo Ministério Público Estadual (MPE). E a demolição de imóveis localizados na Ilha da Banana, em Cuiabá, suspensa por recomendação do Ministério Público Federal (MPF).

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“O Governo vai fazer o VLT, vocês podem ter tranquilidade com relação a isso. A questão da Ilha da Banana é mais um entrave, são tantos entraves, são tantos problemas, mas nós temos determinação e temos foco. Nós acatamos a recomendação, fomos humildes e não fizemos enfrentamento ao Ministério Público Federal”, disse o deputado.

Em conversa com jornalistas nesta terça-feira (03), Wilson Santos questionou as alegações do MPF, que no dia 06 de abril alegou que a implantação do VLT poderia colocar em risco a integridade física de bens tombados na região da Ilha da Banana.

Segundo o deputado, a perícia do Ministério Público desconhece a realidade do local e, neste momento, o trabalho da Secid será que convencer o órgão de que a obra é viável. A região da Ilha da Banana abrange uma área de 5,9 mil metros quadrados e 15 imóveis, dos quais 11 já pertencem ao Estado.

“O Ministério Público tem uma nota técnica de um perito que analisou de Brasília, sequer pôs os pés aqui para ver com os próprios olhos, in loco. Mas nós estamos respeitando, porque nós temos uma convivência de pelo menos dois anos com o Ministério Público. Então, não é interessante você ter esse atrito, isso é infantilidade, é coisa de menino. Nós vamos superar esse entrave, eu não tenho dúvida”, garantiu.