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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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Secretário da Sesp aponta que adjunta de Zaque e Stringueta sabiam dos grampos ilegais

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Secretário da Sesp aponta que adjunta de Zaque e Stringueta sabiam dos grampos ilegais
Um ofício assinado pelo secretário de Segurança Pública (Sesp), Rogers Jarbas, aponta que a ex-secretária-adjunta de Inteligência da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), delegada Alessandra Saturnino e o delegado Flavio Stringueta sabiam dos supostos grampos ilegais praticados em Mato Grosso, que ocorreram no âmbito da Polícia Judiciária Civil. A comunicação foi feita pelo responsável pela pasta ao diretor geral da Polícia Civil, delegado Fernando Vasco Spinelli.


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O ofício foi assinado na quarta-feira (31) e é baseado no depoimento da delegada Alana Cardoso à pasta. Ela afirmou que, na época, Alessandra Saturnino, que era adjunta do então secretário de Segurança Mauro Zaque, criou a central de escutas “paralela” dentro da própria secretaria.
 
“(...)Sendo constituída uma força tarefa composta por integrantes das agências de inteligência da PJC, PM, Sesp e Sejudh, cuja coordenação ficou a cargo da delegada de polícia Alessandra Saturnino, à época secretária-adjunta de Inteligência, tendo as estações de trabalho e de monitoramento sido implantadas na Sesp”, diz trecho do documento, publicado pelo HiperNotícias.
 
Ainda é apontado que os números de Tatiana Sangalli Padilha (suposta ex-amante) e Caroline Mariano dos Santos (ex-assessora), que seriam ligadas ao ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques, foram monitorados por dois terminais móveis no bojo da “Operação Forti”, sem que fosse produzido relatório técnico expondo os motivos das interceptações ou que houvesse qualquer relação com crimes.
 
A delegada ainda apontou no depoimento que os áudios de Sangalli e Caroline foram separados dos demais áudios da “Operação Forti”, “se tornando uma operação paralela recebida a denominação ‘Pequi’, cujos áudios foram direcionados, via guardião, destinada a um único analista, Rafael Meneguini”.
 
O mesmo documento ainda explica que o delegado Flávio Stringueta supostamente forjou a denúncia anônima que o teria informado através de um telefonema de algum orelhão de Várzea Grande, que o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro estaria elaborando um plano para matar o governador Pedro Taques (PSDB).
 
"Segundo Alana, após ouvir os áudios dos terminais móveis, manteve contato com delegado de polícia Flávio Stringueta, à época títular da GCCO, a quem noticiou todos os fatos relacionados às Operações Forti e Pequi, bem como o que havia sido detectado nos áudios, sendo acertado, nesta oportunidade, que o último representaria pela interceptação telefônica dos citados terminais móveis, tendo, para tanto, segundo conta dos autos do Inquérito Policial n° 019/2015/GCCO, alegado que soube dos fatos por meio de denúncia anônima realizada por meio de um orelhão público, quando, segundo consta, os fatos chegaram ao seu conhecimento por Alana, o que gerou, conforme divulgado na imprensa, a Operação Querubim", relata Jarbas.
 
No ofício, o secretário ainda afirma que, com base no depoimento da delegada, as suspeitas da juíza Selma Arruda de que a “Operação Querubim” foi baseada em uma “história cobertura” criada pelo delegado Flávio Stringueta foi confirmada. O ofício de n° 1183/2017/GAB/SESP, foi encaminhado no mesmo dia em que Stringueta foi designado para coordenar a força-tarefa de investigação contra os grampos ilegais a pedido do Tribunal de Justiça (TJMT).

Outro lado

A reportagem do Olhar Direto tentou entrar em contato com o delegado Flávio Stringueta, mas as ligações não foram atendidas. A Secretaria de Segurança Pùblica (Sesp) disse que não irá se posicionar a respeito do documento.

Apoio

Em nota, o Sindicato dos Delegados de Polícia (Sindepo) manifestou apoio a delegada Alana Cardoso. O texto explica que todas as ações foram feitas "sob ameaça iminente do crime organizado e restringiu-se ao monitoramento dos dois números apontados na denúncia". Entre as denúncias, estaria um plano para assassinar o governador Pedro Taques.

"Tal fato, nada tem relação com 'ações de arapongagem' ocorridas em nosso estado, onde teriam utilizado equipamentos paralelos, inauditáveis e em ambientes estranhos à Sesp, conforme veículado na mídia", finaliza a nota.
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