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Professores da rede municipal protestam contra implantação do projeto Hora Estendida; Sindicato não descarta greve

10 Jun 2017 - 08:25

Da Redação - Fabiana Mendes / Da Reportagem Local - Érika Oliveira

Foto: Olhar Direto

Professores da rede municipal protestam contra implantação do projeto Hora Estendida; Sindicato não descarta greve
Cerca de 400 professores da rede municipal, que atuam especificamente na educação infantil em Cuiabá, fizeram um protesto na tarde desta sexta-feira (09), em frente à Prefeitura de Cuiabá, contra o programa “Hora Estendida”, instituído pelo prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB). O projeto, que propõe a permanência de alunos nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI’s) até às 19h30, ainda está em fase inicial de implantação, mas foi rejeitado pela categoria, que não descarta uma greve caso o programa passe a vigorar como prometido.


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“Em momento nenhum o prefeito Emanuel Pinheiro discutiu esse projeto com a categoria ou nos chamou para tratar desse assunto. Já tivemos conversas com ele nesse sentido, mas ele arbitrariamente implantou o projeto. Hoje nós viemos aqui dizer que não aceitamos o ‘Hora Estendida’, porque isso não é política educacional”, acusou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), subsede Cuiabá, João Custódio.

O “Hora Estendida” deve ser implantado somente no segundo semestre deste ano, mas já está em fase piloto Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Oscar Amélito como forma de teste e de aperfeiçoamento.

De acordo com a Prefeitura, o programa será acompanhado por uma comissão por 90 dias, para que sejam feitas as adequações necessárias.

Absolutamente contrários à proposta, os professores que participaram da manifestação tacharam o projeto como “politicagem”. Eles afirmaram que o prefeito quer transferir para os profissionais da educação a responsabilidade que, para a categoria, cabe aos pais.

“Os nossos profissionais hoje trabalham em detrimento do plano municipal de educação, não são babás, não são assistentes sociais, não são mães crecheiras. Mais ainda, esse projeto é uma politicagem. Até agora a equipe da Secretaria de Educação não apresentou nenhuma política educacional e fica discutindo projetos dessa natureza. O nosso recado está dado ao prefeito”, disse João Custódio.

Durante o ato, o Sintep convocou os servidores para uma Greve Geral, marcada para o dia 30 de junho. A mobilização acompanha o protesto nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de outras frentes sindicais contra o governo Michel Temer (PMDB).

Outro lado

A secretária-adjunta de Educação, Edilene Machado, reiterou que o projeto não está sendo determinado, mas sim implantado em fase experimental na Creche Oscar Amélito. Segundo a secretária, o Sintep foi chamado para discutir o projeto, mas os profissionais não quiseram se manifestar.

“O projeto piloto termina no dia 17 de junho, e somente após esse período poderemos analisar os erros e acertos”.
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