O ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB) é categórico ao dizer que não aceita ser “liderado” pelo deputado federal Valtenir Pereira, recém filiado no partido e já colocado no posto de presidente estadual pelo diretório nacional, que recentemente dissolveu o comando socialista no estado.
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“O dialogo é sempre possível, agora [a relação entre] eu e Valtenir é [como] água e óleo. Porque ele tem um comportamento político totalmente diferente do meu. Política tem que ser feita com seriedade, tem que ser feita com lealdade. Política tem que ser feita com verdade. Eu, particularmente, discordo profundamente das atitudes e principalmente do que ele fez com o PSB em 2013, portanto, nós vamos ficar no partido, vamos discutir isso hoje aqui, mas eu não reconheço ele como um líder que possa me liderar no Estado de Mato Grosso”, disparou Mauro Mendes, antes de se reunir com o lideranças da legenda que também estão insatisfeitas com o novo comando. O encontro acontece na manhã desta segunda-feira em hum hotel na Capital.
“O grande objetivo desse encontro é conversarmos com outras lideranças partidárias, prefeitos, vereadores. Ouvi-los quanto ao destino que nós teremos nesse grupo político aqui no estado de Mato Grosso. Foi extremamente lamentável a decisão da nacional, numa ingratidão muito grande, porque nós reconstruímos esse partido em 2013 quando o deputado Valtenir abandonou literalmente o PSB, deixou inúmeros problemas, migrou naquele momento com todas as lideranças, principalmente os prefeitos e ficou um PSB totalmente destruído aqui no estado de MT”, reclamou o ex-prefeito.
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Mauro defende que Valtenir até continue filiado no PSB, mas se recusa a aceitá-lo como presidente. “O partido, ele é um extrato da sociedade e na sociedade nós temos muitos cidadãos bons e muitos cidadãos que não são tão bons assim. Então o partido representa isso. Então eu não teria dificuldade de conviver com ele, agora tê-lo como meu líder, como presidente, isso é impossível”, finalizou.
Mendes reforça que a solução para o “problema Valtenir” vai ser trabalhada coletivamente e não apontou qual saída acha melhor. Novas eleições para o diretório estadual estão marcadas para o segundo semestres, oportunidade em que o grupo do ex-prefeito pode mudar a direção no voto. Os insatisfeitos ainda cogitam entrar na Justiça ou até mesmo aproveitar uma “janela” de transferência partidária que deve ser aberta ainda este ano, em face da proposta de reforma política que vem sendo discutida no Congresso Nacional.
