O governador José Pedro Taques (PSDB) acusou as autoridades federais e setores da imprensa de fazerem uma "palhaçada" com divulgação do episódio do avião com mais de 600 quilos de cocaína, que em um primeiro momento foi divulgado como se a decolagem tivesse sido feita de uma fazenda do grupo Amaggi, em Mato Grosso. Ele utilizou o evento de regularização fundiária, no auditório Ponce de Arruda, do Palácio Paiaguás, para fazer um desagravo ao ministro da Agricultura e Pecuária, senador mato-grossense Blairo Maggi (PP).

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“Cumprimento o senhor Luiz Fernando Caldart, representando o ministro Blairo Maggi e o senador Cidinho Santos [PR]. Quero, aqui, desagravar o senador e ministro Maggi”, afirmou Taques, em seu pronunciamento para dezenas de prefeitos, deputados, vereadores e líderes comunitários.
 
“Nesta semana, fizeram uma patifaria com o ministro Maggi. Dizendo que avião de drogas saiu da fazenda dele. Palhaçada! Realmente palhaçada é o que fizeram com ele”, sustentou o chefe do Poder Executivo.
 
Pedro Taques pediu que as autoridades policiais, o Ministério Público, o Poder Judiciário e a imprensa reflitam sobre a ‘peneira de Aristóteles’, antes de divulgarem qualquer fato. “Isso mostra o prejuizo que uma notícia mal dada pode trazer ao cidadão. Grave prejuízo ao cidadão. Nós temos que, todos os dias das nossas vidas, fazer com que as informações que vamos divulgar, passem pela peneira de Aristóteles”, sugeriu o governador mato-grossense.
 
Noutra vertente, o chefe do Poder Executivo lamentou que a maioria das pessoas tomem como verdade inalienável a primeira notícia que recebem, sobre pessoas ou fatos. “Porque hoje, na sociedade que se denomina pós verdade, qualquer coisa que se põe na imprensa ou na internet, esse troço [sic] vaza e não tem mais volta. É igual à palvra lançada. É igual á pena que sai de um travesseiro. Não volta”, complementou Taques.