Mesmo tendo seu nome lembrado pelo presidente do PR, senador Wellington Fagundes, e pelo ex-governador Júlio Campos (DEM), seu irmão, com potencial para disputar o governo de Mato Grosso, em 2018, ex-governador Jaime Campos pediu que cessem, neste momento, os debates sobre o processo sucessório. “Tô fora [de disputa eleitoral]! Somos aliados do governador Pedro Taques [PSDB] e temos responsabilidade primordial com a governabilidade de Mato Grosso. É o compromisso do DEM”, argumentou ele, atualmente respondendo pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Prefeitura de Várzea Grande.
Jaime Campos observou que o líder do governo Taques na Assembleia Legislativa é o presidente regional do DEM, deputado Dilmar Dal’Bosco. “Veja bem: a chapa [majoritária] para 2018 tem que se discutir no momento certo. Falar em campanha política, hoje, ainda em 2017, está muito distante. Devemos nos preocupar agora com as políticas públicas deste Estado. Se já começar a interferir dentro de processo administrativo, com a política de grupos ou partidária, não é bom para ninguém”, lembrou Campos, do alto da experiência de quem já foi governador, senador e três vezes prefeito de Várzea Grande.
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Além disso, o secretário de Assuntos Estratégicos crê que, antes de outubro, devem ocorrer mudanças substanciais na questão eleitoral, inclusive com ‘janela partidária’ e alteração no formato de financiamento das campanhas. “O que você acompanha é que vai ter mudanças na legislação eleitoral. O próprio financiamento da campanha vai mudar mutio. O voto pode ser lista fechada ou não. Distrital ou distrital misto. Temos que aguardar os prazos fatais que é 30 de setembro”, ensinou Campos.
No momento atual, por exemplo, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) está realizando o recadastramento eleitoral, em Mato Grosso. “E, a partir deste recadastramento, devemos ter a renovação do zoneamento eleitoral – alguns municípios vão perder zonas eleitorais. Então, o eleitor vai ter que andar 60 até mais de 100 quilômetros para votar”, ponderou Campos
É por isso que Jaime Campos no momento pensa em fortalecer unidade com Pedro Taques. “Já ouviu falar como fica água no poço? Sempre está quieta! E eu estou assim: quieto! Tenho uma missão agora: ajudar dona Lucimar [Sacre de Campos, prefeita], como seu secretário e como seu esposo, a fazer uma bela administração em Várzea Grande; cumprir os compromissos com a sociedade”, justificou ele, na condição de marido e secretário de Assuntos Estratégicos.
“E graças ao bom Deus, nós estamos provando que é possível fazer muito com pouco. Temos 76 obras em andamento; todos os compromissos pagos em dia. São poucas as prefeituras municipais do Brasil que têm quase duas folhas de pagamento aplicadas – já tem o 13º salário no caixa fruto da arrecadação do IPTU e também o mês de dezembro. Todos os fornecedores, empreiteiros e prestadores de serviço, em dia. Essa é a minha missão aqui!”, sentenciou Jaime Campos.
“Ano que vem é outra história. Confesso que, neste exato momento, eu, individualmente, não tenho pretensão nenhuma. Política é como a nuvem: muda a todo instante”, sintetizou Campos, se utilizando de um velho ditado do saudoso governador mineiro Magalhães Pinto (in memorian), para explicar seu momento e seu futuro.
“Confesso que se for oportuno, posso até disputar. Mas não vou tomar nenhuma decisão de forma açodada. Fico lisonjeado de ter meu nome lembrado. Fui três vezes prefeito, governador e senador. O que é gratificante para mim é que saio de Várzea Grande e vou visitar os municípios, sempre sou bem recebido. Estou na terceira idade. Eu tive cinco mandatos. E todos conquistado com mais de 60% dos votos. Fruto do meu trabalho como político e administrativo, e do respeito ao povo de Mato Grosso”, complementou Jaime.
