Primeiro a defender o impeachment da então presiente Dilma Rousseff (PT) ainda em 2015, o governador José Pedro Taques (PSDB) defende que o presidente Michel Temer (PMDB) também seja investigado à exaustão. Ele se colocou reticente quanto à saída do PSDB da base aliada do governo Temer, mas avisou que irá exigir unidade tucana, no Congresso, para as votações das reformas trabalhista e previdenciária, durante a reunião a ser realizada na noite desta segunda-feira (10), em São Paulo.
“Sim. O presidente Temer tem que ser investigado. Ninguém está acima da Lei”, afirmou ele, no auditório Specula do Parque de Exposição Jonas Pinheiro, após participar da cerimônia de abertura da 53ª Exposição Agropecuária de Cuiabá – Expoagro 2017.
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“Senhores, o Brasil não pode parar! Independente de quem seja o presidente da República. Defendo que as reformas sejam feitas. A reforma trabalhista, a reforma previdenciária são essenciais. E o Brasil não pode parar”, proclamou Pedro Taques, chamando o Congresso Nacional para que assuma a responsabilidade.
Pedro Taques observou que, na noite de segunda-feira, os seis governadores tucanos vão se reunir, num jantar, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, sob coordenação do anfitrião, governador paulista Geraldo Alckmin, para discutir o momento político e os rumos do PSDB. “Os seis governadores vão conversar com o [ex] presidente Fernando Henrique Cardoso e o senador Tasso Jereissati, presidente nacional. Vamos discutir a questão partidária, neste dia, em São Paulo”, ponderou o chefe do Poder Executivo mato-grossense.
“Temos quatro ministérios no governo Michel Temer. Então, o debate será feito de forma ampliada, em São Paulo", avisou o governador mato-grossense.
O presidente do PSDB de Mato Grosso, deputado federal Nilson Leitão, defende que é hora de repensar o apoio ao governo Temer. Ele teve participação crucial na unidade oposicionista, durante o processo que culminou com o impeachment da presidente Dilma Roussef, em 2016. Até o mês passado, Leitão era um dos principais defensores de Temer.