A provável utilização de quase R$ 100 milhões em emendas ao Orçamento Geral da União (OGU) de 2017 para cuisteio é um risco que deve ser calculado pelo governo de Mato Grosso e Prefeitura de Cuiabá, resonsáveis pela execução do novo Hospital e Pronto Socorro Municipal. “Administrar é arte de saber priorizar. Tivemos reuniões e eu deixei bem claro: eu não veto nada!”, afirmou o senador Wellington Fagundes, presidente regional do PR, após participar de evento da Santa Casa de Misericórdia, em Cuiabá.
Embora o ministro da Saúde, deputado parananense Ricardo Barros (PP), tenha acenado positivamente em liberar cerca de R$ 95 milhões em emendas para custeio, durante reunião com Pedro Taques, na semana passada, em Brasília, o senador do PR mato-grossense está temeroso quanto à mudança de destinação da verba.
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“A emenda emenda impositiva é preferencialmente para equipar o novo Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá. Agora, a decisão administrativa é do governador Pedro Taques [PMDB] e do prefeito Emanuel Pinheiro [PMDB], de Cuiabá. A minha preocupação é, na verdade, se mudar e, quem sabe, pode demorar e, talvez, no futuro, perder os recursos. O que seria o pior!”, argumentou ele, com quase três décadas de experiência na busca por recursos, na Esplanada dos Ministérios.
Fagundes lembra que a verba da emenda impositiva da bancada é para a compra de equipamentos de undiades hospitalares, preferencialmente ao novo Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá. “Se Mato Grosso perder recursos dessa envergadura, mais difícil ficará a situação da saúde. Para não correr risco, entendo que é o melhor o Estado tomar providências, fazer um plano de trabalho e fazer a licitação dos equipamentos do novo Pronto Socorro de Cuabá, tão logo seja feito o empenho [das emendas parlamentares], no Ministério da Saúde”, argumentou Wellington, para a reportagem do
Olhar Direto.
Houve casos, no passado recente, de perda de verba por aplicação em outras áreas. “Por exemplo, a questão das obras do Hospital Universitário Júlio Müller: temos mais de R$ 80 milhões que estão lá, parados, no Ministério da Saúde, há mais de dois anos. Nem a licitação foi feita”, reclamou o senador do PR.
O próprio Rodoanel de Cuiabá e Várzea Grande deveria ter obras em andamento, segundo Fagundes. “Da mesma forma, o contorno viário de Cuiabá [Rodoanel], com mais de R$ 110 milhões paralisados, desde o governo passado. Isso é muito ruim, principalmente num momento de crise, onde faltam empregos e precisamos gerar mais oportunidades. E o dinheiro [das emendas] parado!”, protestou o Wellington, um dos líderes da oposição.
Wellington Fagundes entende que, se Pedro Taques deseja utilizar emendas parlamentares, no custeio da saúde, significa que há falhas na gestão. Todaiva, mostrou-se surpreso mesmo é com a decisão do ministro Ricardo Barros em liberar o dinheiro para custeio, já que recentemente esteve em Cuiabá e viu o caos no antigo Hospital e Pronto Socorro Municipal.
“Nós trouxemos a Cuiabá o ministro Ricardo Barros, da Saúde, quando visitamos o [atual] Pronto Socorro, com mais de 130 pessoas em macas, nos corredores, sofrendo horrores... E as obras do Hospital Júlio Müller... e até hoje decisões não foram tomadas”, complementou Fagundes, repetindo que não veta nada, sobre a destinação das emendas impositivas da bancada de Mato Grosso, no Congresso.
