Apesar de não assumir publicamente estar buscando fazer uma delação premiada, fontes da PGR, contrárias a qualquer benefício a Silval Barbosa (considerado por muitos o chefe do esquema), afirmam que o processo está bastante avançado, porém muitas falhas e incongruências foram detectadas e por isso ainda não teve a chancela do STF. Isso explica a razão do ex-governador ter sido chamado novamente na última semana para depor. Segundo consta, uma das falhas apontadas está no depoimento do empresário Genir Martelli, que teve colaboração homologada recentemente pelo Ministro Fux. Nela, o empresário afirma que Silval Barbosa exigiu dinheiro em troca de benefícios fiscais para o setor de transporte de cargas. Menciona as pessoas envolvidas e destrincha o intrincado esquema, mas Silval nada teria dito sobre esse episódio. Outra incongruência, segundo se investiga, é com as declarações de Pedro Nadaf, outro colaborador e que foi secretário da Casa Civil de Silval, o cargo de maior relevância da estrutura governamental depois do governador. Segundo fontes da coluna, nas suas afirmações Nadaf deixa claro que o ex governador era o cabeça de um grande esquema de corrupção que sangrou os cofres públicos por quase 6 anos.