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Domingo, 26 de maio de 2024

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Adolescente que matou dentista afirma que estava drogado; vítima tentou tomar a arma

Foto: Reprodução

Adolescente que matou dentista afirma que estava drogado; vítima tentou tomar a arma
O adolescente, V.H.S.S., 16 anos, confessou ser o autor do disparo que matou o dentista João Bosco de Freitas, 62 anos, no fim da manhã da última quarta-feira (26), no bairro Jardim Tropical, em Cuiabá. O latrocída contou à polícia que estava consumindo drogas com os outros acusados antes do crime e que atirou contra a vítima porque ela teria tentado pegar a arma. Um dos suspeitos, identificado como Rafael Silva Aguiar, de 18 anos, continua foragido.


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O adolescente foi apreendido na tarde de quinta-feira (27), no bairro Poção, em Cuiabá. Ele confessou o crime e contou que todos estavam consumindo drogas em uma praça do bairro, quando combinaram de roubar um veículo para “dar umas voltas”. Depois, as placas do automóvel seriam trocadas para irem a uma festa, que ocorreria naquela noite.
 
Conforme o adolescente, todos saíram aleatoriamente procurando o veículo ou alguma vítima distraída, quando se depararam com dentista. André Fellipe, que estava na direção do Celta, estacionou e Rafael e o adolescente desceram para fazer o enquadramento do dentista. Narra ainda que ele estava com a arma e no momento da abordagem a vítima reagiu na tentativa de tomar a arma.
 
O adolescente afirma ter realizado apenas um disparo. Porém, testemunhas disseram ter ouvido mais que um tiro. “Ele confirmou ter atirado no peito da vítima e na sequência fugiram. O menor fala que André só tinha os deixado no local e fugiram de ônibus. Nessa fuga teria dispensado a arma de fogo. Vamos tentar confirmar isso com levantamento de imagens. Fizemos diligências para tentar apreender essa arma, mas não tivemos êxito”, disse o delegado Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derfva).
 
Durante a manhã do mesmo dia, os policiais prenderam André Fellipe, identificado como o motorista do veículo Celta, que levou o menor e Rafael até o bairro Jardim Tropical. O jovem foi identificado pelo veículo Celta branco, usado no latrocínio. Seguindo o rastro do carro, os policiais entraram em contato com o proprietário que consta no documento do carro e este informou ter vendido há dois meses o veículo na região conhecida por Pedra, no Porto. No local, o corretor repassou o nome para quem havia comercializado o carro, André Felipe Amorim, que trabalha em uma empresa, na Avenida Tenente Coronel Duarte, na Prainha.
 
Em seu interrogatório, André confirmou ter levado os suspeitos até o local, mas alega que não conhecia os dois. “Apesar de mostrar contradições, pois em alguns momentos sabia os nomes”, explica o delegado. André Fellipe contou que foi abordado pelos dois sob ameaça de arma de fogo e obrigado a levar os rapazes até o local do crime. Já o menor conta que foi procurado por uma pessoa de nome Diego, com o recado para ele sustentar a versão de André Fellipe, caso fosse localizado pela Polícia. “Vamos ouvir essa pessoa também”, afirma o delegado.
 
O menor foi encaminhado para a Delegacia do Adolescente (DEA) com pedido de internação provisória, por se tratar de um ato infracional relacionado a crime hediondo. O maior, André Fellipe, diante de todo o conjunto de provas colhidas contra ele foi encaminhado, nesta sexta-feira (28), para audiência de custódia e pedido a conversão do flagrante em prisão preventiva.
 
Rafael, que ainda é procurado pelos investigadores, teve o pedido da prisão preventiva representado em juízo. “Continuamos com as diligências, mesmo todo o crime estar esclarecido, para localizar o terceiro envolvido”, afirmou Teixeira. Os suspeitos vão responder por latrocínio consumado, pelo fato do carro ter sido objeto da ação criminosa, mesmo não tendo sido levado. Os envolvidos também serão indiciados por  associação criminosa.

O caso

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) informou que o dentista João Bosco de Freitas, 62 anos, morreu no início da tarde desta quarta-feira (26), após ter sido baleado durante uma tentativa de assalto no bairro Jardim Tropical, em Cuiabá. O fato aconteceu no mesmo bairro e próximo de onde o advogado do ex-deputado José Riva, Mário Ribeiro de Sá, foi mantido refém, junto com sua esposa, por quase dez horas.
 
Segundo as informações da polícia, o homem foi abordado por dois criminosos, que seriam menores de idade. Ele então teria esboçado uma reação, que fez com que um dos bandidos realizasse o disparo, que atingiu o tórax da vítima. Depois disto, os ladrões fugiram do local.
 
A vítima chegou a ser socorrida por uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e transferida para o Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC). Porém, não resistiu aos ferimentos e morreu na mesa de cirurgia. No momento em que os policiais chegaram, o dentista estava consciente.
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