É bom que fique como reflexão para as cabeças da Prefeitura de Cuiabá que pensaram o plano da Cuiabá 300 que a inspiração buscada em cidades estrangeiras pode até ter seu valor, mas que uma réplica sempre será aquilo que se propõe a ser: uma cópia. A “Times Square Cuiabana” não será nada além de uma tentativa de aproximação da nova-iorquina. Aliás, já existe outro arremedo da original no Brasil, com o projeto da “Times Square Paulistana”. Possivelmente a da capital mato-grossense vai parecer a cópia da cópia. E não é “pensar pequeno” ou complexo de “inferioridade reconhecer” isso, como podem sugerir os otimistas com a ideia lançada ontem por Emanuel Pinheiro. O “complexo de inferioridade” talvez resida no pensamento de não olhar para a própria cidade na hora de pensar o novo e o futuro. E se as ideias de fora chamam tanto a atenção da atual administração, a coluna deixa como sugestão a frase do célebre escritor russo Liev Tolstoi (1828-1910): “Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia”.