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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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OPERAÇÃO DESCARRILO

Governo de MT aguarda fim de investigações, mas admite nova licitação para o VLT e pode fazer consulta popular

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

José Adolpho Vieira diz que governo Taques vai permanecer

José Adolpho Vieira diz que governo Taques vai permanecer

O governo de Mato Grosso decidiu que somente após a conclusão das investigações desencadeadas pela Operação Descarrilo é que irá decidir sobre o futuro das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A garantia partiu do secretário José Adolpho Avelino Vieira, chefe da Casa Civil, ao esclarecer que, enquanto não houver o término do trabalho de apuração, o governo se vê impedido de tratar de outras possibilidades.

 
José Adolpho observou que, se ao final da operação Descarrilo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal concluírem que o Consórcio VLT Cuiabá não tem condições de terminar as obras, então, serão estudadas outras alternativas. A realização de uma nova licitação, por exemplo, tende a provocar uma inflação substancial no preço final, com possibilidade de chegar a R$ 1,8 bilhão. “É o que se projeta de valor para a obra, em caso de nova licitação”, ponderou ele.

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Para efeito de comparação, em se mantendo o Consórcio VLT Cuiabá, o término das obras sai por R$ 922 milhões. Praticamente metade do preço. E, para uma nova licitação, Avelino Vieira considera interessante que o governo faça até mesmo uma consulta popular, para decidir se realiza ou não uma nova licitação para conclusão da obra.
 
O governador José Pedro Taques (PSDB) decidiu concluir o VLT, segundo José Adolpho, por considerar que “obra parada é prejuízo para a população”. E que o rasgo – dos trilhos – no coração de Cuiabá e Várzea Grande não pode ficar eternamente, sem solução.
 
“Tudo isso é no campo das hipóteses. Não dá para adiantar nada, porque ninguém tem bola de cristal. O Governo de Mato Grosso apoia integralmente todas as investigações que visem esclarecer as circunstâncias relacionadas a esta obra contratada, iniciada e paralisada pela administração passada, inclusive porque já consumiu mais de R$ 1 bilhão dos contribuintes mato-grossenses”, complementou José Adolpho.
 
O secretário da Casa Civil lembrou que o governo Pedro Taques não “não pagou nenhum valor ao Consórcio VLT desde janeiro de 2015 por entender que as despesas alegadas necessitavam de checagem”. 
 
Entenda o caso

A Operação Descarrilho apura crimes de fraude em procedimentos licitatórios, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de capitais que teriam ocorrido durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), na escolha do modal do VLT e na execução da obra, na Capital mato-grossense e Várzea Grande.
 
A investigação colheu elementos pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal que apontam indícios de acertos de propina com representantes de empresas integrantes do Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, assim como desvio de recursos por intermédio de empresas subcontratadas pelo consórcio. Não há prazo para as investigações sejam concluídas.
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