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Romoaldo ironiza teor da delação de Silval e diz que ouviu “buchicho” sobre acordo entre Taques e ex-governador

23 Ago 2017 - 18:44

Da Reportagem Local - Jardel P. Arruda / Da Redação - Érika Oliveira

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Romoaldo ironiza teor da delação de Silval e diz que ouviu “buchicho” sobre acordo entre Taques e ex-governador
O deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB), acusado de receber propina pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB), ironizou as informações que vieram a público de trechos da delação de Silval e afirmou que, embora tenha ouvido “buchichos” sobre um possível acordo entre o governador Pedro Taques (PSDB) e o antigo gestor, não acredita que isso tenha de fato acontecido. O conteúdo da delação vem sendo divulgado periodicamente em reportagens da Rede Globo, que obteve acesso ao documento com exclusividade.


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“Eu acho que a delação do Silval está começando, a gente tem a informação de que são 21 anexos, eu inaugurei, fui o primeiro a sair. Achei que ia começar pela letra A, mas começou pela letra R”, disse o deputado, aos risos. E completou. “Mas, hoje quem tem acesso a ela é só a Rede Globo. E vai vir mais coisa, fala-se em Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça, falam em toda a Assembleia, inclusive de fitas gravadas. Vamos aguardar. Vocês da imprensa vão ter fortes emoções e muitas matérias para escrever nos próximos dias”, afirmou Romolado.

Amigo pessoal do ex-governador, Romoaldo revelou que em meados de 2014, quando Taques assumiu o Governo do Estado, circulava nos bastidores a informação de que Silval teria feito um acordo secreto com o tucano – à época filiado PDT –, para ajudar o rival em troca de não ter sua gestão “devassada” no governo futuro.

O suposto acordo entre Taques e Silval foi revelado em reportagem da TV Centro América, afiliada da Rede Globo em Mato Grosso, veiculada no jornalístico MT TV 2ª Edição da noite desta terça-feira (22).

Segundo a reportagem, Silval confessou em seu acordo de delação premiada ter doado dinheiro para a campanha vitoriosa do governador Pedro Taques e, ainda, se comprometido em não investir na campanha do ex-vereador Lúdio Cabral (PT).

Na delação, o ex-governador peemedebista afirmou ter sido orientado pelo então prefeito Mauro Mendes (PSB), de Cuiabá, coordenador financeiro da campanha de Taques, de que era necessário que Silval não investisse na campanha de Ludio Cabral, que tinha como vice a então deputada Teté Bezerra (PMDB), mulher do presidente regional do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra.

“Só conversa, só buchicho, oficialmente não. Após a eleição, após a prisão do Silval, saíram alguns comentários a respeito disso. Em política não tem novidade, ne?! A gente fica surpreso porque vem à tona. Mas a gente só pode acreditar naquilo que acompanhou, naquilo que viu e eu não vi nada”, defendeu Romoaldo, que também teria sido citado, segundo a Rede Globo, na delação de Silval Barbosa.

“É difícil acreditar que o governador eleito tenha feito um acordo financeiro, se houve acordo ele não foi cumprido. A gente vai esperar o resultado da Justiça para comprovar. Pela postura do governador, não só com relação às obras da Secopa, em relação ao governo de forma geral – perseguindo, denunciando -, eu não acredito que tenha existido acordo”, completou o deputado.

Com relação as acusações que pesam contra si, Romoaldo suscitou que Silval estaria delatando pessoas, inclusive seus amigos, por ter se sentindo “abandonado” enquanto esteve preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).  

“Aqui para nós, o Silval sofreu muito na cadeia e eu tenho certeza que ele se sentiu abandonado, não só por mim, mas por muitos deputados e senadores que o apoiaram. Quando a pessoa sai e não quer voltar para lá, vai jogar todo mundo no mesmo saco, cada um agora vai ter que provar. Eu tenho certeza absoluta que a denúncia que ele fez contra mim não vai prosperar porque não tem sentido”, justificou o deputado.

Na delação, Silval disse que Romoaldo Junior recebeu propina da Canal Livre Comércios e Serviços, empresa responsável pela iluminação da Arena Pantanal. Parte do dinheiro, cerca de R$ 200 mil a R$ 300 mil, era repassado pelo deputado ao ex-governador. De acordo com Silval, o dinheiro seria usado para pagar dívidas e bancar campanhas eleitorais.

Romoaldo nega. “Quando ele [Silval] foi prefeito de Alta Floresta, me comprou uma propriedade na margem do Rio Costalino. O governador pediu para fazer uma reforma lá. Eu morava ali do lado, arrumei arquiteto, ele apresentou o projeto aos familiares do governador e eu toquei a pousada. Ele falou que eu podia fazer o orçamento, parcelar e ir pagando, que depois ele me repassava esse recurso. E assim foi feito. Eu não estou sabendo se ele combinou ou não combinou 3% sobre a obra, eu sei que o repasse vinha, eu fazia os pagamentos e a obra ficou muito boa”.


 
 
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