O tenente-coronel da Polícia Militar, Erleno Pereira de Aquino, que é acusado de acúmulo de funções por trabalhar na presidência da Federação das Unimeds do Estado de Mato Grosso, já enviou sua manifestação escrita à Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso. A resposta ainda deve passar pela análise do corregedor-geral da PM, coronel Carlos Eduardo Pinheiro da Silva.
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Erleno e os servidores Eloar Vicenzi, Hudson Marcelo da Costa e Arlan Ferreira, foram acusados de acúmulo de funções por, além de trabalharem para a Unimed, possuírem vínculos empregatícios com o Estado, o que infringe a Lei Complementar Estadual nº 4, de 1990, que estabelece a proibição aos servidores estaduais de “participar de gerência ou administração de empresa privada, de sociedade civil, ou exercer comércio e, nessa qualidade, transacionar com o Estado”.
O coronel Pinheiro afirmou que havia pedido a Erleno, ainda no início do mês, que fizesse prestação de esclarecimentos sobre o caso.
“Foi determinado para ele fazer uma manifestação por escrito, e ela já se encontra na ouvidoria da Corregedoria. Esta semana ela virá para mim para que eu faça uma análise”, afirmou o coronel Pinheiro.
A assessoria da Unimed Cuiabá informou, por meio de uma nota, que não existe nenhum ato irregular relacionado aos servidores. "Inexiste incompatibilidade entre o exercício das funções do atual Conselho de Administração da Cooperativa e o serviço público, fato este registrado em todas as gestões anteriores da Operadora. A Cooperativa ressalta que cumpre devidamente com suas obrigações legais e fiscais, além de seguir fielmente às regras estatutárias e regimentais vigentes. Em respeito aos mais de 1,3 mil médicos cooperados, 210 mil clientes e 1,2 mil colaboradores, a Unimed Cuiabá afirma que está à disposição para quaisquer esclarecimentos sobre o assunto", sustentou.
Na última semana, no entanto, o diretor financeiro da Unimed Cuiabá, Hudson Marcelo da Costa, renunciou à sua função por meio de ofício entregue na sexta-feira (1), ao presidente Rubens Carlos de Oliveira Junior.
Contra ele transcorre uma investigação no âmbito do Ministério Público e da Agência Nacional de Saúde (ANS) instaurada a partir de denúncia feita por um cooperado durante o processo eleitoral.
Agora, para cobrir a vaga, a Cooperativa realizará eleições suplementares no prazo de 90 dias. O novo processo eleitoral, previsto no estatuto social no caso de vacância de um cargo, em nada impacta o atendimento prestado pela Cooperativa aos seus clientes.