Parte das 15 pessoas que foram feitas como reféns, durante um assalto a loja Martinello, localizado no bairro CPA I, em Cuiabá, foram utilizadas como escudo humano pelos criminosos, na tarde da última quinta-feira (14). Agressivos e exaltados, os bandidos ameaçaram matar as vítimas, caso as solicitações não fossem atendidas. Uma grávida foi a primeira liberada pelos acusados, identificados como Renan Bernardo dos Santos Amorim, 20 anos e Hugo Renato Duque Paes, 25 anos.

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Segundo as informações do boletim de ocorrências (BO), os funcionários contaram que estavam na porta da loja quando os suspeitos chegaram, mostraram a arma e anunciaram o assalto. Todos foram obrigados a subir para o piso superior. Porém, testemunhas perceberam a movimentação e acionaram a Polícia Militar.
 
Uma viatura chegou ao local e percebeu que não havia ninguém no piso inferior da loja. Um policial então começou a subir as escadas e conseguiu visualizar um dos vendedores deitado no chão. Por meio de sinais gestuais, ele indicou que havia criminosos armados na parte de cima.
 
Outras viaturas foram acionadas e teve início o contato com os suspeitos. Os policiais conseguiram visualizar que um dos suspeitos estava com uma pistola em punho e utilizando cinco pessoas como escudo humano. Pelo espelho de um dos móveis, os militares ainda viram o outro criminoso, também com uma arma.
 
Durante as negociações, os bandidos pediam a presença da imprensa e também da advogada deles. Além disto, ordenaram que os militares recuassem e ameaçaram começar a matar reféns se as exigências não fossem atendidas. Agressivos, eles dispararam duas vezes dentro do local.
 
Após a chegada de equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) houve mais dois disparos por parte dos bandidos. No início da conversa, os acusados aceitaram liberar uma mulher, que estava grávida. No final da ação, eles solicitaram coletes para se entregar e a presença da imprensa.
 
Os dois criminosos desceram as escadas com uma parede de reféns, jogaram as armas no chão e se entregaram. A motocicleta que eles utilizaram para a ação era produto de roubo e foi comprada por Hugo pelo valor de R$ 1 mil. Ele também foi reconhecido como participante de um roubo a uma joalheria, na quarta-feira (13), também na região.