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Quinta-feira, 15 de agosto de 2024

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OPERAÇÃO ESDRAS

​Corregedor-geral da PM é afastado após determinar mudança de fardas para instalação de grampos

​Corregedor-geral da PM é afastado após determinar mudança de fardas para instalação de grampos
O corregedor-geral da Polícia Militar, o coronel Eduardo Pinheiro da Silva, foi afastado pelo Conselho de coronéis na última quinta-feira (28), após as investigações sobre grampos em Mato Grosso apontarem que a Corregedoria determinou a mudança de fardamento de alguns agentes nos primeiros dias deste mês de setembro, para que um equipamento de captação de imagem e áudio fosse instalado no uniforme do tenente coronel Soares. No momento, o corregedor adjunto, o coronel Paulo Serbija é quem está à frente da corregedoria.


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Na última quarta-feira (27), o coronel Pinheiro foi conduzido coercitivamente durante a Operação Esdras, que apura o esquema de interceptações telefônicas clandestinas operado por policiais militares no Estado. A corregedoria havia determinado a troca das fardas de alguns agentes da PM, para que fosse possível a instalação de um equipamento de captação de imagem e áudio no uniforme do tenente coronel Soares, com o objetivo de obter registros que pudessem provocar a suspeição do desembargador Orlando Perri, que conduz o inquérito sobre os grampos ilegais no Estado.

Desde seu afastamento, nesta quinta-feira (28), o corregedor adjunto é quem responde pela Corregedoria. Um dos nomes mais cotados para assumir o cargo de corregedor-geral é a coronel Adriana de Souza Metello. A Polícia Militar ainda não sabe informar quando a substituição deve ocorrer ou se o coronel Pinheiro passará por algum processo administrativo.
 
Esquema dos Grampos
 
Reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, revelou na noite de 14 de maio que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime.

A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”. O esquema de “arapongagem” já havia vazado na imprensa local após o início da apuração de Fantástico.

No caso dos grampos, já foram denunciados pelo Ministério Público três coroneis, um tenente-coronel e um Cabo da PM. A denúncia refere-se apenas aos delitos previstos na Legislação Militar. Os acusados são: Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco, Ronelson Barros, Januário Batista e Gerson Correa Junior. Com o posicionamento do Pleno, todos se tornaram réus.
 
Os cinco vão responder pelos crimes de Ação Militar Ilícita, Falsificação de Documento, Falsidade Ideológica e Prevaricação, todos previstos na Legislação Militar. Zaqueu Barbosa e Gerson Correa Junior seguem presos preventivamente.


Leia a nota da Polícia Militar sobre o afastamento:

"A Policia Militar informa que o coronel Carlos Eduardo Pinheiro da Silva está afastado das funções de corregedor-geral da Polícia Militar. O comandante-geral adjunto, coronel Paulo Ferreira Serbija Filho responde interinamente pelo cargo até a nomeação do novo corregedor."
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