O superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso, Áderson Vieira Leite, em entrevista, avaliou que o número de operações de natureza especial deflagradas pela PF poderia ser duplicado se o efetivo de servidores fosse pelo menos 50% maior. Ele afirmou que aguardam liberação do Ministério do Planejamento para a realização de um novo concurso para a PF.

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“Com uma média de 30 operações de natureza especial por ano, este número poderia ser duplicado se nós tivéssemos um efetivo maior. Hoje o nosso efetivo é, inclusive com colaboradores terceirizados, de 300 servidores. É difícil falar um numero ideal, nós temos cinco unidades aqui no Estado, as quatro delegacias no interior e a superintendência na capital. Mas eu poderia dizer que se nós tivéssemos 50% a mais de efetivo, a nossa produtividade seria muito maior, porque das informações que chegam a nós hoje, nós não conseguimos processar todas”, disse o superintendente.

Ele avaliou que a dificuldade está relacionada à grande extensão do território de Mato Grosso.

“Eu não diria que nós temos um efetivo baixo, o que eu diria é que o Estado é muito grande, as nossas atribuições muito amplas, e aí o que acontece é que nós não conseguimos executar tudo aquilo que poderia ser executado”.

De acordo com o superintendente a realização de um novo concurso para aumentar o efetivo da PF aguarda apenas a liberação do Ministério do Planejamento.

“Já se vão alguns anos sem concurso, e a PF aguarda a liberação do Ministério do Planejamento para realizar um novo concurso. E realmente o nosso efetivo precisa ter um incremento, mas nós dependemos de uma autorização do Governo Federal para tanto”.

Ele também disse que, após uma pontual melhora na economia, não tem faltado verba para a Polícia Federal.

“O orçamento da PF pro ano de 2017 foi de 12 milhões de reais. Isto para custeio da máquina, pagamento de diária, pagamento dos contratos. Houve em um primeiro momento um contingenciamento, mas depois, com a melhora pontual que observamos, da economia, o Governo Federal foi liberando o restante do orçamento, de forma que a PF chega ao final do ano com todos estes recursos em caixa, para fazer as suas rotinas”.

O superintendente também disse que os servidores já contratados passam por capacitações para conseguir processar os dados obtidos nas operações.

“Nós temos investido desde o início da gestão, na capacitação dos servidores, principalmente com ferramentas de business intelligence. Então a massa de dados que estas operações têm apresentado, as informações bancárias, fiscais e outras informações, os nosso agentes, e efetivamente nós temos recrutado alguns aqui do próprio estado, tem sido suficiente para dar vazão a estas investigações”.