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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Escutas clandestinas

Novo secretário da Sesp também pode estar envolvido no esquema de grampos

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Novo secretário da Sesp também pode estar envolvido no esquema de grampos
O novo secretário de Segurança Pública (Sesp), Gustavo Garcia, também pode ter participação no esquema de grampos ilegais, que ocorreram em Mato Grosso. A suspeita é da delegada Ana Cristina Feldner, que investigava o esquema de escutas clandestinas no Estado, até que o caso fosse encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).


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As investigações apontaram que o novo secretário teve participação na obtenção do depoimento da delegada Alana Cardoso, que contou ter sido constrangida em uma oitiva ilegal feita por Gustavo e pelo ex-secretário de segurança, Rogers Jarbas. O fato teria ocorrido no fim de maio deste ano.
 
Gustavo teria feito várias ligações para a delegada. Segundo Alana, o discurso era de que ele queria reatar a amizade que tinha com ela. Porém, quando chegou, cabou sendo coagida a depor sobre os, de forma ilegal e sem nenhum procedimento instaurado. Isto leva a delegada a crer que o novo gestor da pasta foi primordial para a ida da policial até a secretaria.
 
Para convencer a delegada a ir até a secretaria, Gustavo teria utilizado uma técnica aprendida em curso de inteligência, quando realizou os telefonemas pré-ordenados e em dias consecutivos. A ação é denominada de ‘recrutamento’. Conforme Ana Cristina Feldner, o novo secretário já até ministrou um curso de quatro meses sobre essa área, no Estado do Rio de Janeiro.

A delegada confirmou o teor dos depoimentos ao Olhar Direto, mas disse que não pode prestar mais nenhum depoimento, já que o processo corre em sigilo no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
 
Outro lado

A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) informou que o secretário não irá se posicionar sobre o fato, já que ele segue em sigilo.
 
Grampos
 
Uma reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, revelou na noite de 14 de maio que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime.
 
A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”.
 
O esquema de “arapongagem” já havia vazado na imprensa local após o início da apuração de Fantástico.
 
Barriga de aluguel
 
Os grampos foram conseguidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.
 
Neste caso específico, as vítimas foram inseridas em uma apuração sobre tráfico de drogas.
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