A instalação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Morada do Ouro e do Pascoal Ramos, com R$ 2 milhões em investimentos, seria muito mais importante para a população de Mato Grosso que o plantio de palmeiras imperiais nas avenidas Fernando Correa da Costa e Jornalista Rubens de Mendonça (CPA), por onde vai passar o Veículo Leves sobre Trilhos (VLT) cuia´ba Várzea Grande.  
 
A sugestão partiu do vereador Elizeu Nascimento, líder do PSDC na Câmara de Cuiabá, apoiar a sugestão do Ministério Público do Estado (MPE), contrária ao dispêndio de recursos com palmeiras imperiais. Ele recordou o débito de R$ 6 milhões da Prefeitura de Cuiabá para com a Luppa Administradora de Serviços, responsável pela limpeza do Hospital e Pronto Socorro Municipal e das UPAs.

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A Prefeitura de Cuiabá informou via assessoria que o plantio de palmeiras imperiais, nas Avenidas Rubens de Mendonça e Fernando Correa da Costa, além de ipês na Avenida Miguel Sutil (Perimetral), são decisões urbanísticas de embelezamento da cidade. Em entrevista anterior à reportagem do Olhar Direto, o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) afirmou que a decisão estava tomada e que não voltaria atrás.
 
“Não sou contra plantar árvore, mas o momento é de cuidar de UTI, cuidar de gente que está morrendo nos corredores. Enquanto isso, prefeitura quer gastar R$ 2 milhões com palmeiras”, argumentou Elizeu Nascimento, para a reportagem do Olhar Direto.
 
O parlamentar do PSDC manifestou apoio à cobrança do MPE para sensibilizar a Prefeitura de Cuiabá e investir em saúde o dinheiro destinado às palmeiras nas principais avenidas da Capital. “A prefeitura tem dívida de R$ 6 milhões para uma terceirizada que faz limpeza da UPA, do Pronto Socorro e de postos de saúde; e vai gastar R$ 2 milhões com palmeiras? Usa este dinheiro para abater na dívida dos R$ 6 milhões”, ponderou ele, alertando que a Luppa vai suspender os serviços.
 
Eliseu Nascimento citou ainda que a  UPA do Verdão, na região Oeste de Cuiabá, está com as obras paralisadas, sem previsão de retorno. “Vai se plantar palmeiras no caminho do VLT. Aliás, o VLT é minhocão cuiabano, porque já é caso folclórico. As obras têm quase seis anos e nada se resolve”, protestou Nascimento.
 
Para exemplificar a crise na saúde, apontou o drma vivido pelo seu pai. “Meu irmão teve que passar três dias na fila do Hospital de Câncer. Há pessoas com tumor de câncer na garganta que foram exoneradas por retaliação porque alguns vereadores assinaram pedido de CPI. Lamentavelmente, essa é a gestão municipal humanizada que existe em Cuiabá”, complementou o vereador do PSDC.